Quem acompanha o noticiário esportivo sabe que o ciclista
norte-americano Lance Armstrong foi um grande fenômeno. Basta lembrar que,
entre 1999 e 2005, venceu sete edições do Tour
de France, a mais importante prova
ciclística do mundo. Desde os anos 90, Armstrong dominava o cenário esportivo
mundial, chegando ao nível de herói nacional, principalmente depois que venceu
um câncer e voltou a competir em alto nível. Em 2012, porém, a revelação
bombástica: durante todos aqueles anos, Armstrong utilizou substâncias químicas
proibidas, anabolizantes e o EPO (Eritropoietina). Caiu em desgraça no mundo
esportivo, perdeu seus títulos e acabou execrado por todos aqueles que o
consideravam um verdadeiro “Capitão América”. Toda essa história está contada
no drama “O PROGRAMA” (“The Program”),
2016, Inglaterra/França, dirigido pelo veterano diretor inglês Stephen Frears. Para
esse projeto, Frears adaptou o livro “Sete Pecados Capitais”, escrito pelo
jornalista irlandês David Walsh (Chris O’Dowd), que durante anos investigou a
possibilidade do ciclista norte-americano ter utilizado substâncias químicas
ilegais para vencer as competições. O filme também destaca a ligação de
Armstrong (Ben Foster) com o médico italiano Michelle Ferrari (Guillaume
Canet), que há anos dopava vários atletas de ponta. Frears foca todo o seu
filme na questão do doping, não abrindo espaço para mostrar como foram algumas
de suas vitórias e nem mesmo a vida particular do atleta. Não é o melhor
trabalho de Stephen Frears, diretor de filmes memoráveis como “Ligações
Perigosas”, “Alta Fidelidade”, “A Rainha”, “Philomena” e “Florence - Quem é
Essa Mulher?”, mas obrigatório para quem curte o mundo esportivo.
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