domingo, 15 de outubro de 2017

Selecionado para representar Israel na disputa do Oscar/2016 de Melhor Filme Estrangeiro, “BABA JOON” tem como seu principal trunfo a simplicidade. A história, as locações, o elenco, tudo muito simples e realizado com bastante sensibilidade pelo diretor Yuval Delshad, também autor do roteiro, marcando sua estreia em longas. A história é centrada na relação do autoritário Yitzhak (Navid Negahban) e seu filho Moti (Asher Avrahami), de 12 anos. Com muito trabalho e sacrifício físico, Yitzahak administra uma fazenda de criação de perus no interior de Israel, empreendimento criado pelo pai “Baba” Joon (Rafael Eliasi), que muitos anos antes saiu do Irã e se estabeleceu em Israel, convertendo-se ao judaísmo. Yitzhak insiste, muitas vezes utilizando a violência, em convencer Moti a aprender a cuidar da granja, mas o garoto só quer saber de mecânica, montar, desmontar e consertar motores. Ou seja, essa história de um negócio de pai para filho não faz parte das intenções de Moti. Para piorar a situação, chega para uma visita Dariush (David Diaan), irmão de Yitzhak, que também se livrou da fazenda para viver e trabalhar nos EUA. Dariush dá a maior força a Moti, o que contraria Yitzhak, gerando um grave conflito familiar. O filme é falado em persa, língua oficial do Irã, assim como do Afeganistão e Tajiquistão. “Baba Joon” foi premiado em vários festivais de cinema pelo mundo afora e por aqui foi exibido durante o Festival do Cinema Judaico de São Paulo, em 2016. Também foi eleito o Melhor Filme de 2015 pela Israeli Film Academy.  

Nenhum comentário: