Selecionado para representar Israel na disputa do Oscar/2016
de Melhor Filme Estrangeiro, “BABA JOON”
tem como seu principal trunfo a simplicidade. A história, as locações, o elenco,
tudo muito simples e realizado com bastante sensibilidade pelo diretor Yuval
Delshad, também autor do roteiro, marcando sua estreia em longas. A história é
centrada na relação do autoritário Yitzhak (Navid Negahban) e seu filho Moti
(Asher Avrahami), de 12 anos. Com muito trabalho e sacrifício físico, Yitzahak
administra uma fazenda de criação de perus no interior de Israel, empreendimento
criado pelo pai “Baba” Joon (Rafael Eliasi), que muitos anos antes saiu do Irã
e se estabeleceu em Israel, convertendo-se ao judaísmo. Yitzhak insiste, muitas
vezes utilizando a violência, em convencer Moti a aprender a cuidar da granja,
mas o garoto só quer saber de mecânica, montar, desmontar e consertar motores.
Ou seja, essa história de um negócio de pai para filho não faz parte das
intenções de Moti. Para piorar a situação, chega para uma visita Dariush (David
Diaan), irmão de Yitzhak, que também se livrou da fazenda para viver e trabalhar
nos EUA. Dariush dá a maior força a Moti, o que contraria Yitzhak, gerando um
grave conflito familiar. O filme é falado em persa, língua oficial do Irã, assim
como do Afeganistão e Tajiquistão. “Baba Joon” foi premiado em vários festivais
de cinema pelo mundo afora e por aqui foi exibido durante o Festival do Cinema
Judaico de São Paulo, em 2016. Também foi eleito o Melhor Filme de 2015 pela Israeli Film Academy.
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