quinta-feira, 12 de outubro de 2017

“AS CONFISSÕES” (“Le Confissioni”), Itália, 2015, direção de Roberto Andó, que também escreveu o roteiro em parceria com Angelo Pasquini. Trata-se de um drama de fundo político e religioso, com algumas pitadas de suspense, além de muita erudição. Num luxuoso hotel na costa do Báltico estão reunidos, para discutir a economia global e europeia, os ministros das Finanças do G-8 (os oito países mais desenvolvidos). O encontro tem a coordenação de Daniel Roché (Daniel Auteuil), presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI). Como convidados especiais para amenizar o ambiente, estão hospedados um monge misterioso (Toni Servillo), uma consagrada escritora de livros infantis (Connie Nielsen) e um músico roqueiro quarentão (Johan Heldenbergh). Uma determinada noite, Roché pede que o monge vá ao seu quarto, pois pretende se confessar. Na mesma noite, o presidente do FMI é encontrado morto. A partir desse fato, todos passam a pressionar o monge a revelar a confissão feita pelo falecido. Os ministros desconfiam que Roché, na confissão, possa ter contado algum segredo que não poderia ser revelado. Num clima repleto de intrigas, a polícia tenta desvendar o mistério da morte do executivo do FMI. O filme faz duras críticas ao sistema capitalista, principalmente o alinhamento dos países ricos contra os mais pobres e a soberania dos banqueiros. Os diálogos são do mais alto nível e talvez sejam a cereja do bolo desta ótima produção italiana. Mais uma atuação magistral do ator italiano Toni Servillo, de “A Grande Beleza”. O elenco conta ainda com Pierfrancesco Favino, Moritz Bleibtreu, Lambert Wilson e Marie-Josée Croze. Filmaço!    

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