“AS CONFISSÕES” (“Le Confissioni”), Itália, 2015, direção de Roberto
Andó, que também escreveu o roteiro em parceria com Angelo Pasquini. Trata-se
de um drama de fundo político e religioso, com algumas pitadas de suspense, além de muita erudição. Num
luxuoso hotel na costa do Báltico estão reunidos, para discutir a economia
global e europeia, os ministros das Finanças do G-8 (os oito países mais
desenvolvidos). O encontro tem a coordenação de Daniel Roché (Daniel Auteuil),
presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI). Como convidados especiais
para amenizar o ambiente, estão hospedados um monge misterioso (Toni Servillo),
uma consagrada escritora de livros infantis (Connie Nielsen) e um músico
roqueiro quarentão (Johan Heldenbergh). Uma determinada noite, Roché pede que o
monge vá ao seu quarto, pois pretende se confessar. Na mesma noite, o
presidente do FMI é encontrado morto. A partir desse fato, todos passam a
pressionar o monge a revelar a confissão feita pelo falecido. Os ministros desconfiam
que Roché, na confissão, possa ter contado algum segredo que não poderia ser
revelado. Num clima repleto de intrigas, a polícia tenta desvendar o mistério
da morte do executivo do FMI. O filme faz duras críticas ao sistema capitalista,
principalmente o alinhamento dos países ricos contra os mais pobres e a
soberania dos banqueiros. Os diálogos são do mais alto nível e talvez sejam a
cereja do bolo desta ótima produção italiana. Mais uma atuação magistral do
ator italiano Toni Servillo, de “A Grande Beleza”. O elenco conta ainda com
Pierfrancesco Favino, Moritz Bleibtreu, Lambert Wilson e Marie-Josée Croze.
Filmaço!
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