“A PROMESSA” (“The Promise”), 2016, EUA, 2h15m, roteiro e direção
do irlandês Terry George (“Hotel Ruanda” e “O Negociador”). Pela primeira vez,
Hollywood trata da questão do genocídio praticado pelos turcos contra os
armênios entre 1914 e 1917 – os turcos negam até hoje. Pelo menos um milhão e
meio de armênios foram perseguidos e assassinados pelo exército do então
Império Otomano (atual Turquia). Infelizmente, o diretor Terry George preferiu
dar mais ênfase ao triângulo amoroso envolvendo a bela Ana (a atriz canadense
Charlotte Le Bon), Michael (o ator guatemalteco Oscar Isaac) e Michael (Christian
Bale). As informações históricas
sobre o genocídio ficaram de lado, fazendo com que o assunto fosse colocado apenas como pano
de fundo para uma trama de amor à beira do novelesco. Resumo da história: o
armênio Michael sonha em ser médico, mas a família não pode pagar a faculdade.
Dessa forma, ele aceita casar com a jovem Maral (Angela Sarafyan) em troca de
um dote substancioso. Longe de Maral, Michael conhece a também armênia Ana,
namorada do fotógrafo norte-americano Chris. Até o final do filme, os dois disputarão
o amor da moça. Claro que no meio do romance tem muita cena de ação e
violência, uma das poucas referências ao genocídio. O filme somente foi
realizado graças ao milionário Kirk Kerkorian, filho de imigrantes armênios que
se tornou um grande empresário em Hollywood e dono de cassinos. Antes de
morrer, aos 98 anos, em 2015, ele investiu do próprio bolso US$ 100 milhões na
produção do filme, que talvez não tenha conseguido ver depois de pronto. “A Promessa”
estreou no Festival de Toronto/2016 sem conseguir arrancar aplausos da plateia
e nem críticas elogiosas, mas é um bom programa.
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