segunda-feira, 16 de outubro de 2017

“MEL” (“MIELE”), 2013, Itália. Em seu primeiro filme como diretora e roteirista, a atriz Valeria Golino dá mostras de que entende do riscado. O pano de fundo é a eutanásia. A história toda é centrada em Irene (Jasmine Trinca), também chamada de “Honey”, o que justifica o título. Com a orientação de um amigo médico, de quem é sócia na empreitada, Irene ajuda pacientes em estado terminal a morrer de maneira digna e sem dor. Para isso, utiliza um remédio utilizado para sacrificar animais doentes e que, pelo que entendi, não deixa vestígios nos seres humanos. Para obter a substância, Irene faz constantes viagens ao México, onde a venda do remédio é  liberada. Irene começa a repensar sua atividade quando recebe a incumbência de ajudar o engenheiro Carlo Grimaldi (o ótimo Carlo Cecchi) a passar para o outro mundo. No meio do processo, ela descobre que Carlo não tem nenhuma doença grave, o que não justificaria o procedimento. A italiana Jasmine Trinca brilha como a personagem principal, o que não é surpresa, pois vem demonstrando muita competência desde que estreou no cinema, em 2001, no filme “O Quarto do Filho”, de Nanni Moretti. Depois participou de filmes como “Maravilhoso Boccacio” e “O Franco Atirador”, contracenando com o astro Sean Penn. Jasmine Trinca consolida-se cada vez mais como uma das atrizes italianas mais bonitas e competentes da atualidade. “Mel” foi selecionado para a mostra “Um Certain Regard” do Festival de Cannes 2013, recebendo uma menção especial do Júri Ecuménico.    

Nenhum comentário: