Em
1879, a descoberta de uma caverna com pinturas rupestres, inicialmente datadas
de 10.000 anos, em Santander (norte da Espanha), causou enorme polêmica no
mundo científico da época, envolvendo
ciência, religião, história e arte. O caso virou um embate dos mais ferrenhos
entre o arqueólogo amador espanhol
Marcelino Sanz de Sautuola, descobridor da caverna, e o francês Émile
Cartailhac, então a maior autoridade em pré-história, sem contar a reação da
Igreja Católica, contrária às teorias de Sautuola. Ao apresentar sua descoberta
a cientistas do mundo inteiro num congresso, Marcelino foi humilhado por
Cartailhac, que o chamou de charlatão. Marcelino caiu em desgraça perante o
mundo científico e somente 35 anos depois sua teoria seria reconhecida. Toda
essa fascinante história é contada em “ALTAMIRA”, 2016, numa coprodução Reino Unido/Espanha, sob a direção do veterano diretor inglês Hugh Hudson (“Carruagens
de Fogo”, “Greystoke: The Legend of Tarzan” e “África dos Meus Sonhos”). No elenco, Antonio Banderas, a atriz iraniana
Golshifteh Farahani, Rubert Everett, Clément Sibony, Irene Escolar e Allegra
Allen. Um trabalho primoroso do diretor Hudson, que resolveu contar uma
história das mais interessantes sob o ponto de vista da ciência e da arte. O
filme é valorizado ainda mais pela excelente fotografia, além dos cenários
deslumbrantes da região da Cantábria, onde está localizada Santander.
Imperdível!
Nenhum comentário:
Postar um comentário