“YOUTH” (“La Giovinezza”), 2015, filme mais recente do diretor italiano Paolo Sorrentino (de “La
Grande Bellezza”, Oscar 2015 de Melhor Filme Estrangeiro). Podemos definir este
filme somando três adjetivos: onírico, satírico, felliniano. A história gira em
torno de alguns hóspedes ilustres de um luxuoso hotel nos Alpes Suíços: Fred
Ballinger (Michael Kane), um famoso maestro, sua filha Lena (Rachel Weisz, belíssima),
tentando se recuperar de um casamento desfeito, Mick Boyle (Harvey Keitel), um
cineasta em busca de um bom roteiro para o seu próximo filme, a atriz Brenda
Morel (Jane Fonda), que chega ao hotel apenas para conversar com Boyle, Jimmy
Tree (Paul Dano), um ator norte-americano, uma Miss Universo (a estonteante
modelo romena Madalena Diana Ghenea) e ninguém menos do que Diego Maradona (Roly Serrano), caracterizado como uma figura patética e grotesca. Não faltarão também, num delírio visual do
diretor Boyle, mulheres representando personagens femininas marcantes do
cinema. A cada cena, Sorrentino nos presenteia com imagens belíssimas, formando
um visual que poucos cineastas são capazes de criar. Para reforçar, o diretor
ainda acrescenta cenários e paisagens deslumbrantes dos Alpes Suíços. Embora seja
produção italiana, é todo falado em inglês. O filme causou polêmica ao ser
exibido no Festival de Cannes 2015, quando disputou a Palma de Ouro. Ao final
da exibição, uma parte da plateia aplaudiu de pé. Outra parte vaiou. Se eu estivesse
lá, seguiria o pessoal que aplaudiu de pé. Aliás, gostei mais deste do
que de “A Grande Beleza”. Faço questão de aplaudir, também de pé, Jane Fonda, que nos poucos minutos em que permanece em cena dá um verdadeiro show de interpretação. Cinema da melhor qualidade.
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