quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

“YOUTH” (“La Giovinezza”), 2015, filme mais recente do diretor italiano Paolo Sorrentino (de “La Grande Bellezza”, Oscar 2015 de Melhor Filme Estrangeiro). Podemos definir este filme somando três adjetivos: onírico, satírico, felliniano. A história gira em torno de alguns hóspedes ilustres de um luxuoso hotel nos Alpes Suíços: Fred Ballinger (Michael Kane), um famoso maestro, sua filha Lena (Rachel Weisz, belíssima), tentando se recuperar de um casamento desfeito, Mick Boyle (Harvey Keitel), um cineasta em busca de um bom roteiro para o seu próximo filme, a atriz Brenda Morel (Jane Fonda), que chega ao hotel apenas para conversar com Boyle, Jimmy Tree (Paul Dano), um ator norte-americano, uma Miss Universo (a estonteante modelo romena Madalena Diana Ghenea) e ninguém menos do que Diego Maradona (Roly Serrano), caracterizado como uma figura patética e grotesca. Não faltarão também, num delírio visual do diretor Boyle, mulheres representando personagens femininas marcantes do cinema. A cada cena, Sorrentino nos presenteia com imagens belíssimas, formando um visual que poucos cineastas são capazes de criar. Para reforçar, o diretor ainda acrescenta cenários e paisagens deslumbrantes dos Alpes Suíços. Embora seja produção italiana, é todo falado em inglês. O filme causou polêmica ao ser exibido no Festival de Cannes 2015, quando disputou a Palma de Ouro. Ao final da exibição, uma parte da plateia aplaudiu de pé. Outra parte vaiou. Se eu estivesse lá, seguiria o pessoal que aplaudiu de pé. Aliás, gostei mais deste do que de “A Grande Beleza”. Faço questão de aplaudir, também de pé, Jane Fonda, que nos poucos minutos em que permanece em cena dá um verdadeiro show de interpretação. Cinema da melhor qualidade.

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