“O ENCONTRO” (“Time Out of Mind”), 2015, EUA, roteiro e direção do israelense Oren Moverman (“O
Mensageiro”). A história acompanha a rotina do sem-teto George (Richard Gere,
que também é um dos produtores) pelas ruas de Nova Iorque, a luta diária para
conseguir dinheiro para comer, enfrentar a burocracia dos serviços sociais para
tirar documentos e as dificuldades para encontrar vaga nos abrigos nas noites
de inverno. George é alcóolatra e sofre de confusão mental. Ele busca uma
reaproximação com a filha, Maggie (Jena Malone), que trabalha num bar. Em suas
perambulações, George faz amizade com outro morador de rua, Dixon (Ben Vereen),
que afirma ter sido um grande músico de jazz, tendo tocado, inclusive, com Bill
Evans. Se o filme se arrasta numa monotonia tediosa, fica pior ainda com o
surgimento de Dixon, um sujeiro inconveniente que não para de falar um segundo,
irritando não só os outros personagens do filme como o próprio espectador. Você
vai ver um Richard Gere como nunca se viu na tela. Envelhecido, cara de sujo,
inchado, doente. Longe, muito longe, do galã charmoso de tantos filmes. Um filme melancólico, muito triste, desagradável. Difícil
recomendar, mesmo com a presença de Gere.
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