Inspirado
no romance “The Price of Salt”, escrito por Patrícia Highsmith – o que já é um bom
começo -, o drama “CAROL” conta a
história do envolvimento amoroso de duas mulheres nos anos 50. Uma delas é
Carol (Cate Blanchett), mulher refinada da sociedade nova-iorquina que está em
processo de divórcio. A outra é Therese Belivet (Rooney Mara), vendedora de uma
loja de departamentos. A atração entre ambas acontece no dia em que Carol vai
comprar um presente para sua filha pequena e é atendida por Therese. O romance
entre as duas enfrentará muitas barreiras, a pior delas do marido de Carol, Harge
Aird (Kyle Chandler), que consegue a guarda da filha mediante a acusação de que
sua esposa tinha e tem casos com outras mulheres, uma delas Abby (Sarah Paulson) e
agora Therese. O que mais impressiona no filme é o esmero visual criado pelo
diretor Todd Haynes (“Longe do Paraíso” e “Não Estou Lá”). Fotografia,
cenários, figurinos e até o recurso de misturar ambientes em P/B com pessoas e
objetos em cores. Tudo feito com classe, requinte e elegância. O filme é ainda
valorizado pela atuação espetacular da dupla principal de atrizes, Cate
Blanchett e Rooney Mara. Não foi à toa que o filme recebeu 6 indicações para o
Oscar 2016 (Atriz, Atriz Coadjuvante, Fotografia, Trilha Sonora, Roteiro
Adaptado e Figurinos). Achei injusto não ter sido indicado para “Melhor Filme”
e “Melhor Diretor”. O filme é ótimo, tanto que, ao final de sua exibição de
estreia no Festival de Cannes 2015, foi aplaudido de pé.
Nenhum comentário:
Postar um comentário