“LA PETITE REINE”, França, 2014, direção
de Alexis Durant-Brault (de “Carona Sinistra”), conta o drama, baseado em fatos
reais, vivido pela ciclista canadense Geneviève Jeanson. Um fenômeno na
modalidade, desde que surgiu, aos 16 anos, atleta olímpica e grande orgulho do
Canadá, ela teve um triste final de carreira, eliminada das competições por uso
de doping. O caso veio à tona em 2008, quando o médico Maurice Duquette, de
Quebec, admitiu ter fornecido o medicamento EPO para a atleta, com a
concordância do treinador Andre Abut. Ambos foram banidos do esporte e também
proibidos de exercer suas funções. Geneviève foi suspensa pela Federação de Ciclismo de Quebec por 10 anos e
resolveu abandonar as pistas. No filme, a ciclista é Julie Arseneau (a atriz
canadense Laurence Leboeuf) e o técnico é JP (Patrice Robitaille). O filme mostra o esforço da
ciclista nos treinamentos e a pressão psicológica exercida pelo técnico para
ela conseguir cada vez mais vitórias. Ele visava, claro, o dinheiro que vinha
dos prêmios e dos patrocinadores. Grande parte desse dinheiro ia para o seu
bolso. Por isso, incentivava Julie a se dopar cada vez mais. Enfim, o técnico
era um mau-caráter de marca maior. O filme trata Julie como vítima, o que não
deixa de ter sido, mas ela era adulta o suficiente para saber que estava fazendo
tudo errado, inclusive quando ia para a cama com ele. Muita gente não conhece a história dessa jovem atleta e como o doping pode encerrar carreiras tão promissoras. O filme é muito bem feito e merece ser visto, principalmente por quem curte temas ligados ao esporte.
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