“ARMÊNIA” (“Le
Voyage en Arménie”), 2006, França, direção de Robert Guédiguian, é uma tocante
e muito interessante homenagem ao pequeno país que até pouco tempo atrás era
uma república soviética. A história é centrada em Anna (a ótima Ariane
Ascaride), uma médica que mora em Marselha com o marido Pierre (Jean-Pierre Darroussin)
e a filha Jeanette (Madeleine Guédiguian). Ela descobre que seu pai Barsam
(Marcel Bluwal) tem um grave problema de coração e precisa ser operado. Só que
Barsam, depois de saber do diagnóstico, resolve viajar para sua Armênia natal - uma viagem de despedida? Anna vai atrás dele, sem saber exatamente onde ele está. Nessa busca, Anna conhecerá
personagens bastante interessantes, como um herói da guerra da independência,
Yervanth (Gérard Meylan), e a jovem Schaké (Chorik Griogorian), além de Manouk
(Romik Avinian), um senhor que se apresenta voluntariamente para levá-la de
carro – caindo aos pedaços – para vários lugares. Ao longo de sua busca pelo
pai, Anna – assim como o espectador - vai conhecer um pouco da história, das tradições e
dos valores culturais da Armênia, como também verificar in loco como os armênios vivem nos dias de hoje. Pouca gente sabe,
mas a Armênia foi a primeira nação do mundo a adotar o cristianismo, no ano de
301 dC. Ou o fato de que o Monte Ararat é o símbolo maior do país, mas que,
para tristeza dos armênios, pertence hoje à Turquia. À parte esse contexto, vamos
dizer, histórico, o filme é bastante leve, agradável, bem humorado e, sem
exagero, irresistível. Não perca!
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