“AMADOR”, 2010,
é um drama espanhol dirigido por Fernando León de Aranoa (de “Segunda-feira ao
Sol”, com Javier Bardem). Conta a história do casal de imigrantes peruanos Marcela
e Nelson, que enfrenta um período de grande dificuldade financeira na Espanha. Nelson
(Pietro Sibille) vende nas ruas flores que rouba de um entreposto. Marcela (Magaly
Solier) ajuda o marido. Como o negócio não vai bem, Marcela decide procurar
emprego. Em meio a essa situação difícil, Marcela ainda descobre que está grávida,
mas tem medo de contar para o marido. Ela aceita o emprego para cuidar de um
idoso doente, Amador (Celso Bugallo), até que a filha dele, Yolanda (Sonia Almarcha),
volte da viagem de férias. Marcela vai encontrar em Amador um bom ouvinte e
conselheiro. Esse convívio acaba gerando uma grande amizade entre os dois, até
que um fato inesperado acontece e deixa Marcela numa situação alarmante. Ela vai tentar superar o problema com a ajuda de Puri (Fanny de
Castro), uma prostituta sessentona que “visitava” Amador uma vez por semana.
Puri é responsável por alguns bons momentos de humor, suavizando o clima triste
que ronda a trajetória de Marcela e do próprio filme. O diretor utiliza o jogo
de quebra-cabeças como representação da complexidade da vida. É montando um
quebra-cabeças com pedaços de uma foto, por exemplo, que Marcela descobrirá um segredo
nada agradável sobre o marido. Um filme mais interessante do que bom, mas que
merece ser visto não apenas pela história um tanto inusitada, mas também pela ótima atriz
peruana Magaly Solier, do premiado “A Teta Assustada”.
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