“A BICICLETA DO MEU PAI” (“Mój Rower”), 2012, Polônia, direção de Peter Trzaskalski, é daqueles
filmes sensíveis e comoventes que, ao mesmo tempo, divertem. Depois de uma vida juntos, a
mulher de Wlodek (Michal Urbaniak) o abandona por um novo amor. Ela tem, veja
só, 75 anos. Wlodek deve ter a mesma idade,
talvez um pouco mais velho. Depois
de ler a carta de despedida da esposa, ele bebe umas a mais e acaba sendo
internado num hospital, pois é diabético. Seu filho Paul (Artur Zmijewski), um pianista
muito famoso, chega às pressas da Alemanha para visitá-lo. O mesmo faz o jovem Maciec
(Krzysztof Chodorowski), neto de Wlodec e filho de Paul, que vem de Londres
para ficar ao lado do avô. O reencontro dos três, que não se viam a alguns
anos, vai trazer à tona antigos desentendimentos. Paul decide buscar a mãe onde
ela estiver e exige que seja acompanhado por Wlodek e Maciec. Nesse road movie, os três vão se conhecer
melhor e tentar amenizar o relacionamento conflituoso que sempre tiveram. Os
ásperos diálogos entre Paul e Maciec são hilariantes. Choque de gerações em
estado puro. Há também muitos momentos comoventes, como aquele em que Wlodek e
Paul tocam juntos no aniversário de uma menina, ou quando os três estão nadando
juntos num rio. Mas o nó na garganta está reservado mesmo para o desfecho, quando Paul
se apresenta ao lado da Orquestra
Sinfônica de Berlim. A trilha sonora é outro ponto alto do filme, do jazz de Benny Goodman à música clássica de Mozart. Um
filme para ver, ouvir, rir e se comover. E recomendar para os amigos. Simplesmente imperdível!
Nenhum comentário:
Postar um comentário