domingo, 2 de novembro de 2014

“A BICICLETA DO MEU PAI” (“Mój Rower”), 2012, Polônia, direção de Peter Trzaskalski, é daqueles filmes sensíveis e comoventes que, ao mesmo tempo, divertem. Depois de uma vida juntos, a mulher de Wlodek (Michal Urbaniak) o abandona por um novo amor. Ela tem, veja só, 75 anos.  Wlodek deve ter a mesma idade, talvez um pouco mais velho.    Depois de ler a carta de despedida da esposa, ele bebe umas a mais e acaba sendo internado num hospital, pois é diabético. Seu filho Paul (Artur Zmijewski), um pianista muito famoso, chega às pressas da Alemanha para visitá-lo. O mesmo faz o jovem Maciec (Krzysztof Chodorowski), neto de Wlodec e filho de Paul, que vem de Londres para ficar ao lado do avô. O reencontro dos três, que não se viam a alguns anos, vai trazer à tona antigos desentendimentos. Paul decide buscar a mãe onde ela estiver e exige que seja acompanhado por Wlodek e Maciec. Nesse road movie, os três vão se conhecer melhor e tentar amenizar o relacionamento conflituoso que sempre tiveram. Os ásperos diálogos entre Paul e Maciec são hilariantes. Choque de gerações em estado puro. Há também muitos momentos comoventes, como aquele em que Wlodek e Paul tocam juntos no aniversário de uma menina, ou quando os três estão nadando juntos num rio. Mas o nó na garganta está reservado mesmo para o desfecho, quando Paul se apresenta ao lado da  Orquestra Sinfônica de Berlim. A trilha sonora é outro ponto alto do filme, do jazz de  Benny Goodman à música clássica de Mozart. Um filme para ver, ouvir, rir e se comover. E recomendar para os amigos.  Simplesmente imperdível!                                      

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