“WALT NOS BASTIDORES DE MARY POPPINS”, (tradução infeliz para “Saving Mr. Banks),
2013, conta a história verídica da visita da escritora australiana Pamela
Lyndon Travers, mais conhecida por P.L. Travers, aos Estúdios Disney em 1961.
Ela foi convidada pelo próprio Walt Disney, que há 20 anos tentava comprar de
Travers os direitos de “Mary Poppins”. Travers nunca cedeu, temendo que seu
romance fosse transformado, como ela dizia, num dos “desenhos bobocas” da
Disney. Durante a visita, a escritora, interpretada por Emma Thompson, mostra-se uma mulher mal-humorada, intransigente
e grosseira. Ao apresentar a Travers o roteiro, as músicas e como seriam
desenvolvidos os personagens, a equipe de Walt Disney (Tom Hanks) quase vai à loucura com
as interferências da escritora. O ambiente, que já era pesado, fica
insuportável quando Travers recusa a utilização de animação na cena em que Dick
Van Dyke dança com os pinguins. “Vocês que treinem pinguins de verdade”,
ordenava. Revoltada, ela não assina a cessão dos direitos e volta para a
Inglaterra, onde morava na época. Walt vai até Londres tentar convencê-la. O
resto todo mundo conhece. “Mary Poppins” foi lançado em 1964 e se transformou
num dos maiores sucessos mundiais da
Disney. Tão interessante quanto à
visita aos estúdios Disney é o enfoque dado, em flashbacks, ao
relacionamento de Travers com seu pai, Roberto Goff (Colin Ferrel), que sempre
incentivou a filha a inventar personagens
de fantasia. A influência do pai talvez
tenha sido a principal motivação de Travers para se tornar escritora.
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