quarta-feira, 27 de agosto de 2014

“UM ANJO NO MAR” (“Um Ange à La Mer”), 2008, direção de Frédérick Dumont, é um drama belga um tanto depressivo e melancólico. Não chega a ser aquele tipo de “filme-cabeça”, mas tem lá seus momentos de afetação, como citações entediantes de um poema de Baudelaire e imagens no mar que você é obrigado a tentar decifrar a relação delas com a história. O cenário do filme é uma cidade litorânea ao sul do Marrocos. Lá vive Bruno (Olivier Gourmet), sua mulher (Anne Consign) e os dois filhos adolescentes. Ao retornar de uma viagem à Itália, Bruno ingressa num período de depressão profunda. Um dia, ele chama seu filho mais novo, Louis (Martin Nissen), de 12 anos de idade, e confessa que naquela noite cometerá suicídio. Bruno pede a Louis que não comente com ninguém. A partir daí, o menino não faz outra coisa senão vigiar o pai o tempo inteiro, nem que para isso tenha que permanecer durante longos períodos empoleirado no topo de uma árvore que tem uma visão privilegiada do quarto onde está Bruno. Não se pode deixar de destacar o trabalho de interpretação do jovem ator que interpreta Louis e o dos “veteranos” Anne Consign e Olivier Gourmet. Foi o primeiro e único longa do diretor belga. O filme, evidentemente voltado para um público especial, é mais interessante do que bom.    

Nenhum comentário: