quarta-feira, 21 de maio de 2014
Tal qual seu diretor, o francês Jean-Claude Brisseau, o filme “A Garota de Lugar Nenhum” (“La Fille de Nulle Part”), 2012, é bastante excêntrico.
O roteiro mistura diálogos de alta erudição, envolvendo assuntos como
filosofia, política, arte e religião, com aparições de fantasmas, visões
surreais e sessões mediúnicas. O professor de matemática aposentado Michel
Deviliers (interpretado pelo próprio diretor) ouve um barulho do lado de fora
do seu apartamento e vai verificar o que está acontecendo. Ele vê uma moça
sendo agredida e a socorre. Deviliers cuida dos seus ferimentos e a convida
para ficar em seu apartamento até que os ferimentos estejam curados. Solitário
e viúvo há mais de 20 anos, o professor vê na garota, Dora (Virginie Legeay), uma
companhia interessante para conversar e até opinar sobre o livro que está
escrevendo. Mas a presença de Dora começa a despertar fantasmas e forças
sobrenaturais. Deviliers, inclusive, passa a acreditar que Dora pode ser a reencarnação
de sua esposa, falecida há mais de 20 anos. As filmagens aconteceram no próprio
apartamento onde o diretor mora, em Paris. É o primeiro filme de Virginie
Legeay como atriz (ela atuou como assistente em outros filmes do diretor). Segundo
Brisseau, a ideia do filme surgiu porque estava nostálgico pelos filmes da
Nouvelle Vague feitos na década de 60. O filme ganhou o Leopardo de Ouro no
Festival de Lucarno/2012.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário