Em
2006, quando passou um período de seis meses de estudos na Universidade del
Cine, em Buenos Aires, o diretor israelense Florian Cossen ouviu muitas
histórias referentes ao desaparecimento de milhares de bebês cujos pais foram
presos ou assassinados pela ditadura argentina. Daí surgiu a ideia de escrever
o roteiro para um filme. Em 2010, finalmente, Florian realizou o belíssimo drama
“O
Dia em que eu não Nasci” (“Das Lied in Mir”),
co-produção Alemanha/Argentina. A história começa com Maria (Jessica Schwarz) saindo
de viagem da Alemanha para o Chile. No aeroporto de Buenos Aires, enquanto
espera o vôo que fará a conexão para Santiago, Maria ouve uma mulher ao lado
cantando uma canção de ninar para a filha. Sem saber uma palavra de castelhano,
de repente Maria começa a entoar a música com a letra original. Maria fica assustada
com essa estranha e inesperada lembrança. Ela perde o avião para Santiago e
resolve se hospedar num hotel da capital argentina. Com a ajuda de Alejandro (Rafael
Ferro), um policial argentino, Maria vai desenterrar fatos do seu passado e
descobrir que, na verdade, é filha biológica de militantes políticos executados
pela ditadura argentina. Ela vai passar a limpo essa história com o pai que a
criou, Anton Falkenmayer (Michael Gwidek), que chega inesperadamente à capital
argentina. O filme tem muitos momentos comoventes - de arrepiar mesmo -, como o
reencontro de Maria com a família de Estela (Beatriz Spelzini), irmã de sua
mãe. O filme ganhou o principal prêmio do Festival de Zurich 2010 e, no mesmo
ano, conquistou o Prêmio de Crítica e Público no Festival de Montreal. É
realmente um grande film, imperdível!
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