domingo, 18 de maio de 2014

Em 2006, quando passou um período de seis meses de estudos na Universidade del Cine, em Buenos Aires, o diretor israelense Florian Cossen ouviu muitas histórias referentes ao desaparecimento de milhares de bebês cujos pais foram presos ou assassinados pela ditadura argentina. Daí surgiu a ideia de escrever o roteiro para um filme. Em 2010, finalmente, Florian realizou o belíssimo drama “O Dia em que eu não Nasci” (“Das Lied in Mir”), co-produção Alemanha/Argentina. A história começa com Maria (Jessica Schwarz) saindo de viagem da Alemanha para o Chile. No aeroporto de Buenos Aires, enquanto espera o vôo que fará a conexão para Santiago, Maria ouve uma mulher ao lado cantando uma canção de ninar para a filha. Sem saber uma palavra de castelhano, de repente Maria começa a entoar a música com a letra original. Maria fica assustada com essa estranha e inesperada lembrança. Ela perde o avião para Santiago e resolve se hospedar num hotel da capital argentina. Com a ajuda de Alejandro (Rafael Ferro), um policial argentino, Maria vai desenterrar fatos do seu passado e descobrir que, na verdade, é filha biológica de militantes políticos executados pela ditadura argentina. Ela vai passar a limpo essa história com o pai que a criou, Anton Falkenmayer (Michael Gwidek), que chega inesperadamente à capital argentina. O filme tem muitos momentos comoventes - de arrepiar mesmo -, como o reencontro de Maria com a família de Estela (Beatriz Spelzini), irmã de sua mãe. O filme ganhou o principal prêmio do Festival de Zurich 2010 e, no mesmo ano, conquistou o Prêmio de Crítica e Público no Festival de Montreal. É realmente um grande film, imperdível! 

Nenhum comentário: