“UMA BELA MANHÔ (“UN BEAU MATIN”), 2023,
França, 1h52m, em cartaz na Prime Vídeo, roteiro e direção de Mia Hansen-Løve (“A
Ilha de Bergman”, “O Que Está por Vir”). Trata-se de um drama centrado em Sandra Kienzler (Léa Seydoux), uma jovem viúva que trabalha em Paris como tradutora/intérprete
em convenções e congressos. Ela tem uma filha de oito anos e está passando um
momento muito difícil com a doença do pai, George (Pascal Greggory), que sofre
de uma síndrome degenerativa do cérebro, que deixa a pessoa cada vez mais confusa,
debilitada e esquecida, além de uma cegueira psicológica. Ao acompanhar os
problemas do pai e a decisão da família de interná-lo em um asilo, Sandra entra
em depressão e é nesses momentos que aparece o grande talento da atriz Léa
Seydoux, talvez hoje a mais competente do cinema francês, capaz de trafegar
entre dramas eróticos (“Azul é a Cor Mais Quente) e filmes de ação (“Spectre” e
“007 – Sem Tempo para Morrer”). De volta à história: em meio aos problemas do
pai, Sandra reencontra Clément (Malvil Poupaud), ex-amigo do seu marido. Papo
vai papo vem, sofrendo de carência afetiva, Sandra começa a namorar Clément. Só
que tem um problema: ele é casado e tem dois filhos. Mesmo assim, Sandra concorda
em ser sua amante, até que um dia resolve que não quer mais fazer o papel da outra.
Completam o elenco Nicole Garcia, Camille Leban Martins, Sarah Le Picard e Fejria
Deliba. Trocando em miúdos, “Uma Bela Manhã” tem todos os ingredientes do
melhor cinema francês, fazendo jus ao seguinte comentário da principal crítica
do jornal The New York Times, Manohla Dargis: “O filme francês é
maravilhosamente balanceado, persuasivo e comovente”. Sem dúvida, um belo filme
que merece ser visto por quem admira cinema de qualidade. Imperdível”
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