sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

“TÁR”, 2022, Estados Unidos, 2h38m, em cartaz na Prime Vídeo, roteiro e direção de Todd Field. O filme já começa esquisito, apresentando os créditos completos logo no início, quando a grande maioria dos filmes os apresenta no final. A história é centrada na maestrina Lydia Tár (a atriz australiana Cate Blanchett), a primeira mulher a dirigir a conceituada Orquestra Filarmônica de Berlim. Ao contrário do que pensei inicialmente, trata-se de um personagem fictício, assim como o enredo. Lésbica assumida, Lydia exige que seja chamada de “Maestro”. Ela é casada com a spalla (primeiro violino) da orquestra, Sharon (a atriz alemã Nina Hoss), mas convive com a fama de ter assediado integrantes femininas das outras orquestras que dirigiu. Lydia mostra-se prepotente e arrogante, não apenas nas aulas que ministra em escolas de música, mas também com os músicos das orquestras. O filme se concentra nos bastidores do trabalho da maestrina, aliás “maestro”, destacando o estresse de tanta responsabilidade. Realmente, a vida de maestro não deve ser fácil. Além de estar prestes a lançar um livro de memórias, Tár ensaia com a Filarmônica de Berlim para a gravação da difícil 5ª Sinfonia do compositor Gustav Mahler. A música clássica está em toda parte, não só nos diálogos como em toda a trilha sonora. “Tár” não é um filme para o grande público. Talvez por isso mesmo tenha sido esnobado nas premiações do Oscar 2023, para o qual foi indicado em cincos categorias (Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Fotografia). Além de ser longo, os diálogos são inteligíveis apenas para músicos profissionais ou alunos de Escola de Música. Também estão no elenco Sophie Kauer, Noémie Merlant, Mark Strong e Julian Glover. De qualquer forma, vale conferir a excelente performance da atriz Cate Clanchett, que antes de filmar estudou regência e piano. Quem curte música clássica certamente vai gostar.     

 

 

 

 

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