“ZONA DE CONFRONTO” (“SHORTA”),
2020, Dinamarca, disponível na plataforma Netflix, 1h48m, roteiro e direção de
Anders Ølholm e Frederick Louis Hviid. Filme policial violento e tenso. Começa com um jovem árabe sendo detido pela polícia de Copenhague. Com um
joelho pressionando seu pescoço, ele grita dizendo que não consegue respirar
(claro que você vai lembrar do caso George Floyd nos EUA, em maio de 2020, que
repercutiu no mundo inteiro). Gravemente ferido, Talib Ben Hassi (Jack Pedersen)
é levado em estado grave para o hospital. A notícia logo correu pela periferia
de Copenhague, onde reside a maior parte dos imigrantes árabes e africanos, que
se rebelam e prometem vingança. O clima fica muito tenso e as autoridades recomendam
que os policiais não cheguem perto dessas comunidades. Os policiais Mike
Andersen (Jacob Lohmann) e Jens Høyer (Simon Sears) desconsideram a
recomendação e resolvem patrulhar pelas ruas do bairro de Svalegarden, reduto onde
reside grande parte da comunidade árabe. Depois de deter o jovem Amos Al-Shami (Tarek
Zayat) para uma verificação de rotina, são atacados por uma multidão e são
obrigados a se esconder para não morrer. Muita tensão diante da situação, que
fica ainda pior depois que lhes é negado reforço. Eles ficam encurralados nos prédios
do conjunto habitacional e sofrerão um bocado tentando permanecer vivos. O
roteiro lembra muito o filme francês “Bac Nord – Sob Pressão”, de 2020. Achei “Zona
de Confronto” muito bom, assim como críticos e público que o assistiram em sua
primeira exibição no Festival de Veneza 2020. Vale lembrar também que o filme
foi um dos 3 concorrentes à indicação da Dinamarca ao Oscar 2021 na categoria
Melhor Filme Internacional. Filmaço!
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