“CODA: NO RITMO DO
CORAÇÃO” (“CODA”),
2021, Estados Unidos, 1h51m, disponível na plataforma Amazon Prime, roteiro e
direção de Sian Heder. Vencedor do Oscar 2022 de Melhor Filme, Melhor Roteiro
Adaptado e Melhor Ator Coadjuvante (Troy Kotsur) e também premiado no Festival
de Sundance, “CODA” é um sensível e comovente drama centrado em uma família de
quatro pessoas, sendo que apenas uma delas, a filha caçula, não é surda/muda.
Só para esclarecer: o filme é um remake do francês “A Família Bélier” (“La
Famille Bélier”), de 2014. Outra nota explicativa: CODA é a sigla para “Child
of Deaf Adults” (Filha de Adultos Surdos). A personagem principal é Ruby Rossi
(Emilia Jones), filha de Frank (Troy Kotsur) e de Jackie Rossi (Marlee Matlin,
a primeira atriz surda/muda a ganhar um Oscar de Melhor Atriz por “Os Filhos do
Silêncio”, em 1987. Além dos pais, o seu irmão mais velho Leo Rossi (Daniel
Durant) também é deficiente auditivo. Ou seja, Ruby é a principal interlocutora
da família, que tem um barco de pesca e vive da comercialização dos peixes na
pequena comunidade de Gloucester (Massachusetts). Sem Ruby não tem negócio, até
mesmo em alto-mar, já que a lei exige que uma pessoa da embarcação seja capaz
de escutar as sirenes dos navios e falar no rádio. Estudante do ensino
fundamental, Ruby decide ingressar no coral da escola para ficar perto de Miles
(Ferdia Walsh-Peelo), um garoto pelo qual é apaixonada. Nas aulas do
professor de canto Bernardo Villalobos (o ótimo ator mexicano Eugenio Derbez),
Ruby revela uma grande capacidade vocal. Entusiasmado com sua descoberta,
Villalobos incentiva a menina a seguir carreira de cantora e a aconselha a se inscrever no conceituado
Berklee College of Music, em Boston. Apesar do desejo de seguir o conselho do
seu professor de música, Ruby reluta em abandonar a família e só recebe o apoio
do irmão mais velho. Ruby sofrerá muito com essa dúvida até o desfecho da
história. Eu gostei do filme, mas gostaria de fazer um último comentário: não é filme
para ganhar o Oscar, a começar pelo fato de ser uma refilmagem. Acrescento que achei
uma injustiça enorme não indicarem a jovem Emilia Jones para Melhor Atriz. Afinal,
ela carrega o filme nas costas. Apesar dos pesares, com alguns momentos
bastante comoventes e outros de bom humor, “CODA” é um ótimo entretenimento,
pois emociona e diverte.
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