domingo, 3 de abril de 2022

 

“CODA: NO RITMO DO CORAÇÃO” (“CODA”), 2021, Estados Unidos, 1h51m, disponível na plataforma Amazon Prime, roteiro e direção de Sian Heder. Vencedor do Oscar 2022 de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator Coadjuvante (Troy Kotsur) e também premiado no Festival de Sundance, “CODA” é um sensível e comovente drama centrado em uma família de quatro pessoas, sendo que apenas uma delas, a filha caçula, não é surda/muda. Só para esclarecer: o filme é um remake do francês “A Família Bélier” (“La Famille Bélier”), de 2014. Outra nota explicativa: CODA é a sigla para “Child of Deaf Adults” (Filha de Adultos Surdos). A personagem principal é Ruby Rossi (Emilia Jones), filha de Frank (Troy Kotsur) e de Jackie Rossi (Marlee Matlin, a primeira atriz surda/muda a ganhar um Oscar de Melhor Atriz por “Os Filhos do Silêncio”, em 1987. Além dos pais, o seu irmão mais velho Leo Rossi (Daniel Durant) também é deficiente auditivo. Ou seja, Ruby é a principal interlocutora da família, que tem um barco de pesca e vive da comercialização dos peixes na pequena comunidade de Gloucester (Massachusetts). Sem Ruby não tem negócio, até mesmo em alto-mar, já que a lei exige que uma pessoa da embarcação seja capaz de escutar as sirenes dos navios e falar no rádio. Estudante do ensino fundamental, Ruby decide ingressar no coral da escola para ficar perto de Miles (Ferdia Walsh-Peelo), um garoto pelo qual é apaixonada. Nas aulas do professor de canto Bernardo Villalobos (o ótimo ator mexicano Eugenio Derbez), Ruby revela uma grande capacidade vocal. Entusiasmado com sua descoberta, Villalobos incentiva a menina a seguir carreira de cantora e a aconselha a se inscrever no conceituado Berklee College of Music, em Boston. Apesar do desejo de seguir o conselho do seu professor de música, Ruby reluta em abandonar a família e só recebe o apoio do irmão mais velho. Ruby sofrerá muito com essa dúvida até o desfecho da história. Eu gostei do filme, mas gostaria de fazer um último comentário: não é filme para ganhar o Oscar, a começar pelo fato de ser uma refilmagem. Acrescento que achei uma injustiça enorme não indicarem a jovem Emilia Jones para Melhor Atriz. Afinal, ela carrega o filme nas costas. Apesar dos pesares, com alguns momentos bastante comoventes e outros de bom humor, “CODA” é um ótimo entretenimento, pois emociona e diverte.                                                 

 

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