quarta-feira, 8 de setembro de 2021

 

“QUANTO VALE?” (“WORTH”), 2020, Estados Unidos, disponível na plataforma Netflix, 1h58m, direção de Sara Colangelo, seguindo roteiro assinado por Max Borenstein. Aliás, o primoroso roteiro é um dos grandes trunfos deste ótimo drama de Hollywood, além da excelente atuação de Michael Keaton. Dos inúmeros filmes realizados sobre os atentados ocorridos nos Estados Unidos no dia 11 de setembro de 2001, este talvez seja o único a tratar com detalhes como transcorreu o difícil trabalho de indenização das famílias das vítimas. Procurado pelo Congresso norte-americano dias depois dos atentados, o advogado Kenneth Feinberg (Keaton) assumiu a responsabilidade de determinar como compensar as famílias das vítimas, incluindo os valores indenizatórios caso a caso. Para isso, constituiu um Fundo de Compensação Monetária - pioneiro nos Estados Unidos. Trabalho nada fácil, pois teria que entrevistar cada uma das famílias e convencê-las a participar do fundo e concordar com os valores determinados. Juntamente com a sócia Camille Biros (Amy Ryan) e advogados do escritório, Feinberg chegou a um resultado final incrível, ou seja, em dois anos, ele conseguiu um acordo com 97% dos reclamantes elegíveis (somente 94 pessoas se recusaram a participar). O resultado foi a distribuição de mais de US$ 7 bilhões para 5.560 famílias. O filme mostra como foi desenvolvido todo esse trabalho, cercado de uma constante tensão e de muita emoção, principalmente no que se refere às entrevistas pessoais com as famílias enlutadas. Além de Keaton e Amy Ryan, ainda estão no elenco em papéis de destaque Stanley Tucci, Laura Benanti, Tate Donovan, Talia Balsam, Marc Maron, Zuzanna Szadokowski, Gayle Rankin e Shunori Ramanathan. Destaco novamente o primoroso roteiro de Max Borenstein, que, para escrevê-lo, se inspirou nos detalhes descritos no livro “What is Life Worth? The Unprecedented Effort to Compensate the Victims” of 9/11” (“Quanto Vale uma Vida? Os Esforços sem Precedentes para Compensar as Vítimas do 11/9”), escrito pelo próprio advogado Kenneth Feinberg. Trocando em miúdos, “Quanto Vale” é um drama da melhor qualidade. IMPERDÍVEL com negrito e letras maiúsculas.                

Nenhum comentário: