terça-feira, 7 de setembro de 2021

“A ESPIÔ (“SPIONEN”), 2020, Noruega, 1h49m, distribuição Amazon Prime Vídeo, direção de Jess Jonsson, seguindo roteiro escrito por Harald Rosenlow-Eeg e Jan Trygve Royneland. Baseado em fatos reais descritos na biografia escrita por Iselin Theien, o filme acompanha a trajetória da consagrada atriz e cantora sueca Sonja Wigert (1913-1980), que durante a Segunda Guerra Mundial atuou como espiã em Oslo (Noruega) e em Estocolmo (Suécia). Ela foi uma agente dupla, servindo o governo sueco e também aos nazistas. No caso do governo sueco, com a promessa de libertarem seu pai preso em Oslo pelos nazistas. Sonja é interpretada de forma magnífica pela atriz norueguesa Ingrid Bolso Berdal. Vamos ao contexto em que tudo aconteceu. No começo da guerra, os alemães invadiram a Noruega e, possivelmente, fariam o mesmo com a Suécia. O governo sueco recrutou Sonja para se infiltrar entre os nazistas em Oslo e descobrir quais seriam as reais intenções de Hitler. Antes de partir para Oslo, Sonja tornou-se amante de Andor Gellért (Damien Chapelle), diplomata húngaro em Estocolmo. Em Oslo, com sua beleza, Sonja logo conquistou o oficial alemão Josef Terboven, reichskommissar responsável por chefiar a ocupação da Noruega, tornando-se também sua amante. Para adquirir a confiança de Terboven, Sonja concordou em espionar para os nazistas, que queriam saber dos planos da Suécia para a defesa de seu país. Como a maioria dos filmes de espionagem, o enredo pode parecer complicado no início, mas aos poucos você acaba absorvendo tudo de maneira mais clara. O filme é um primor no que se refere à recriação de época, destacando-se a direção de arte, os cenários e locações, além dos figurinos criados por Ulrika Sjölin para vestir a personagem principal. Por esse trabalho, Ulrika foi premiada no Festival de Cinema Amanda 2020, um dos mais prestigiados da Noruega. “A Espiã” (não confundir com o filme holandês de 2006) conta mais uma história incrível de coragem durante a Segunda Guerra Mundial pouco conhecida por aqui. Mais um gol de placa do excelente cinema norueguês. Imperdível!                 

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