domingo, 5 de setembro de 2021

 

“ASCENSÃO DO CISNE NEGRO” (“SAS – RED NOTICE”), 2021, coprodução Inglaterra/Hungria/Holanda/Suíça, 2h3m, distribuição Netflix, direção do cineasta norueguês Magnus Martens, com roteiro de Laurence Malkin. A história é inspirada no livro – o mesmo do título original – escrito pelo ex-soldado do exército inglês Andy McNab, que certamente deve ser muito melhor do que o filme. Nos primeiros minutos, somos levados ao deserto da Geórgia, antiga república soviética, onde o grupo de mercenários intitulado “Cisnes Negros” promove uma matança e explode um gasoduto. O serviço de inteligência da Inglaterra descobre que os responsáveis estão sediados em solo inglês e encarrega o agente Tom Buckingham (Sam Heughan), das forças especiais, de chefiar a caça aos criminosos. Numa operação desastrada, eles prendem o chefão dos mercenários, William Lewis (Tom Wilkinson), mas deixam escapar seus dois filhos, a machona Grace (a atriz australiana Ruby Rose, também machona na vida real) e Oliver (Owain Yeoman). Tom é afastado do comando das operações e resolve viajar com a namorada Sophie (Hannah John-Kamen) para Paris, onde pediria a moça em casamento. Entretanto, o trem em que viajam é sequestrado, adivinhem por quem? Isso mesmo, pelos “Cisnes Negros” comandados por Grace e Oliver. E adivinhem quem vai lutar contra os bandidos? Claro, o mocinho da história, o agente Tom. Do começo ao fim, o roteiro apresenta tantos furos que fica difícil não compará-lo a uma peneira gigante. Vou citar um deles. Grace, a mercenária machona, chega disfarçada à estação onde embarcará no trem. Quando entra, qual a sua primeira atitude? Desfazer o disfarce no banheiro para logo depois voltar ao vagão repleto de passageiros, todos lendo jornais em que a foto da moça aparece na primeira página. É ou não é risível. Outro destaque negativo, de tantos, é o péssimo elenco. Difícil nomear o pior, mas a tal Ruby Rose ganha longe. A atriz (?) australiana é mesmo muito ruim. Os diálogos, então, beiram o ridículo. Se você pensa que já viu tudo de ruim é porque ainda não chegou às cenas finais, que fazem do desfecho do filme uma impiedosa ofensa à nossa inteligência. O pior de tudo é que o final da história indica que poderá haver uma continuação, o que eu duvido muito. Sem dúvida, este é um dos mais fracos lançamentos da Netflix este ano.                  

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