“ASCENSÃO
DO CISNE NEGRO” (“SAS – RED NOTICE”), 2021, coprodução
Inglaterra/Hungria/Holanda/Suíça, 2h3m, distribuição Netflix, direção do
cineasta norueguês Magnus Martens, com roteiro de Laurence Malkin. A história é
inspirada no livro – o mesmo do título original – escrito pelo ex-soldado do
exército inglês Andy McNab, que certamente deve ser muito melhor do que o
filme. Nos primeiros minutos, somos levados ao deserto da Geórgia, antiga
república soviética, onde o grupo de mercenários intitulado “Cisnes Negros”
promove uma matança e explode um gasoduto. O serviço de inteligência da
Inglaterra descobre que os responsáveis estão sediados em solo inglês e
encarrega o agente Tom Buckingham (Sam Heughan), das forças especiais, de chefiar
a caça aos criminosos. Numa operação desastrada, eles prendem o chefão dos
mercenários, William Lewis (Tom Wilkinson), mas deixam escapar seus dois
filhos, a machona Grace (a atriz australiana Ruby Rose, também machona na vida
real) e Oliver (Owain Yeoman). Tom é afastado do comando das operações e
resolve viajar com a namorada Sophie (Hannah John-Kamen) para Paris, onde
pediria a moça em casamento. Entretanto, o trem em que viajam é sequestrado,
adivinhem por quem? Isso mesmo, pelos “Cisnes Negros” comandados por Grace e
Oliver. E adivinhem quem vai lutar contra os bandidos? Claro, o mocinho da
história, o agente Tom. Do começo ao fim, o roteiro apresenta tantos furos que
fica difícil não compará-lo a uma peneira gigante. Vou citar um deles. Grace, a
mercenária machona, chega disfarçada à estação onde embarcará no trem. Quando
entra, qual a sua primeira atitude? Desfazer o disfarce no banheiro para logo
depois voltar ao vagão repleto de passageiros, todos lendo jornais em que a
foto da moça aparece na primeira página. É ou não é risível. Outro destaque
negativo, de tantos, é o péssimo elenco. Difícil nomear o pior, mas a tal Ruby
Rose ganha longe. A atriz (?) australiana é mesmo muito ruim. Os diálogos,
então, beiram o ridículo. Se você pensa que já viu tudo de ruim é porque ainda
não chegou às cenas finais, que fazem do desfecho do filme uma impiedosa ofensa
à nossa inteligência. O pior de tudo é que o final da história indica que
poderá haver uma continuação, o que eu duvido muito. Sem dúvida, este é um dos
mais fracos lançamentos da Netflix este ano.
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