“MEU
NOME É SARA” (“MY NAME IS SARA”), 2019, Estados Unidos, distribuição Amazon
Prime Vídeo, 1h51m, direção de Steven Oritt (é o seu primeiro longa), seguindo
roteiro assinado por David Himmelstein. Embora seja uma produção
norte-americana, o elenco é formado, em sua maioria, por artistas poloneses. Além disso, as filmagens aconteceram no interior da Polônia. Embora
conte a história de uma judia polonesa que foge para a Ucrânia durante a
Segunda Grande Guerra, o filme é falado em inglês, o que ficou esquisito, pois a língua não combina com o contexto em que estão envolvidos, além
da jovem polonesa, ucranianos, russos e alemães. Enfim... A história é mais uma
daquelas trágicas, tristes e melancólicas ocorridas durante a Segunda Guerra
Mundial, ainda mais baseada em fatos reais, acompanhando a trajetória de sofrimento
da judia polonesa Sara Góralnik Shapiro (1930/2018). Em 1942, aos 12 anos, Sara
fugiu da Polônia depois que sua família foi morta pelos nazistas. Um ano
depois, conseguiu chegar a um pequeno vilarejo da Ucrânia, onde foi acolhida por
um casal de fazendeiros, em troca de comida e abrigo, sendo obrigada a ajudar
nos afazeres da fazenda e ainda cuidar dos dois filhos pequenos do casal. Para
conseguir sobreviver, ela escondeu o fato de ser judia e até mudou de nome para
Mania Romanchuk, uma antiga amiga de infância. Antes de dormir, colocava um pano
na boca para não falar íidiche durante o sono. Fora isso, aprendeu a fazer o
sinal da cruz, comungar e rezar como os católicos, além de comer carne de
porco, o que os judeus são proibidos. Além do relacionamento nem sempre
pacífico de Sara com o casal de fazendeiros, o filme destaca ainda o sofrimento
do povo ucraniano durante o conflito, tendo que se submeter à insanidade dos
soldados alemães e à violência dos russos, que estupravam as mulheres e
roubavam toda a comida da população. O maior destaque do elenco fica por conta
da estreante Zuzanna Surowy no papel de Sara. Uma atuação magistral,
demonstrando que está quase pronta para se destacar no cinema. Zuzanna foi selecionada
para o papel entre 650 jovens candidatas polonesas. Também ocupam papel de destaque
Michalina Olszanka e Eryk Lubos. “Meu Nome é Sara” não é um entretenimento leve, mas
de muita qualidade e que merece ser visto (nos créditos finais aparece a foto
da verdadeira Sara).
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