“MOM”, 2017, Índia,
disponível na Netflix, 2h26m, filme de estreia do diretor Ravi Udywar, seguindo
roteiro de Girisa Kohli. Mais um bom suspense policial de Bollywood, abordando
um tema que escancara uma ferida aberta na sociedade machista da Índia, ou
seja, a cultura do estupro, onde a vítima acaba quase sempre sendo julgada
culpada. É dentro desse contexto que transcorre a história de “Mom”. Depois que
sua enteada adolescente Arya (Sajal Ali) é estuprada e fica entre a vida e a
morte em um hospital, a professora de biologia Devki Sabarwal (Sridevi Kapoor) exige
que os responsáveis sejam presos e punidos. Encarregado da investigação, o detetive
Matheu Francis (Akshaye Khanna) consegue identificar e prender os quatro
estupradores. Eles vão a julgamento e, mesmo com todas as evidências
contrárias, inclusive depois do depoimento da própria vítima reconhecendo seus
agressores, o juiz resolve soltar o quarteto alegando falhas nas provas. Lá,
também a justiça é machista. Só faltou prender a jovem Arya. Já que é assim,
pensou Devik, o negócio é fazer justiça com as próprias mãos. Com a ajuda
de um detetive particular, ela vai atrás de cada um para executar o seu plano de
vingança. Apesar da sua longa duração, o filme em nenhum momento deixa a peteca
cair. Prende a atenção do começo ao fim, o que faz de “Mom” um ótimo
entretenimento. Este foi o último filme estrelado pela atriz Sridevi Kapoor,
uma das mais famosas de Bollywood. No início de 2018, meses depois do final das
filmagens, ela morreu afogada na banheira de um hotel, notícia que chocou a
Índia e seus milhares de fãs. Trocando em miúdos, “Mom” é ótimo, um filmaço!
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