“O
FASCÍNIO” (“IL LEGAME”), 2020, Itália, 1h33, produção original Netflix (estreou dia
2 de outubro de 2020), direção de Domenico Emanuele de Feudis, que também
assina o roteiro com a colaboração de Daniele Cosci e David Orsini. Trata-se de
um filme de terror sobrenatural que explora possessão, bruxaria e feitiçaria. A
história começa com uma jovem sendo submetida a um ritual aparentemente de
exorcismo. De início, não há qualquer explicação sobre o motivo, só no desfecho. Alguns anos depois, Francesco
(Ricardo Scamarcio) aparece levando sua namorada Emma (Mía
Maestro) e a filha dela, Sofia (Giulia Patrignani), para a casa onde vive sua
mãe Teresa (Martella Lo Sardo), numa região rural do sul da Itália. A intenção
é apresentar Emma como sua futura esposa. Mas tem alguém que não vai gostar da
novidade. E esse alguém é uma entidade sobrenatural, que vem não só assombrar a
casa, mas também entrar no corpo da pequena Sofia. Haja mandinga para afastar a
peste. Com a ajuda de Sabrina (Rafaella D’Avella), sua velha empregada, Teresa
inicia uma série de rituais baseados em superstições locais. “O Fascínio” – na Itália
a palavra também é entendida como “olho gordo” – é repleto de clichês utilizados
em muitos filmes de terror, além de fazer referências a alguns clássicos do
gênero, como “O Exorcista” (a mesma cara assustadora da possuída Linda Blair), “O Bebê de Rosemary”
(o carrinho de bebê) e “Bruxa de Blair” (as cenas noturnas). O que me
decepcionou foi o trabalho do astro italiano Ricardo Scamarcio, que atua no
piloto automático e sem qualquer demonstração de que está se esforçando no papel, ao
contrário de tantos outros filmes que vi com ele. Para compensar, a atriz argentina Mía Maestro dá conta do recado e praticamente domina o filme. Para quem é fã do gênero e gosta
de tomar uns sustos, “O Fascínio” não decepciona.
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