“A
FORÇA DA NATUREZA” (“FORCE OF NATURE”), 2020, Estados Unidos, 1h31m, produção original
Netflix, direção de Michael Polisch, seguindo roteiro assinado por Cory Miller.
Trata-se de um filme de ação cuja história começa com o detetive Cardillo
(Emile Hirsch) em meio a uma missão em Nova Iorque. Ele faz uma besteira e mata
quem não devia. Dessa forma, como punição, ele é enviado para
trabalhar como policial de rua em San Juan, capital do estado americano de
Porto Rico, e sua parceira será a novata Jess Peña (Stephanie Cayo). Em seu
primeiro dia de trabalho, a dupla recebe a incumbência de retirar os moradores que
se recusam a abandonar um prédio que corria risco por causa da chegada de um furacão. Trata-se
de um imóvel simples, de apenas quatro andares. Aqui começa a série de absurdos
do deplorável roteiro. Um dos moradores é um negro que cria uma fera – ninguém
saberá, até o final, se é um um tigre, um leão ou um leopardo – treinada para matar
policiais. Em outro apartamento reside o policial aposentado Ray Barrett (Mel
Gibson), que está muito doente. No apartamento, cuidando dele, está sua filha,
a médica Troy (Kate Bosworth). Outro morador é um senhor chamado Bergkamp
(Jorge Luiz Ramos), cujo pai militou no exército nazista durante a Segunda
Grande Guerra. Enfim, um balaio de gatos. Não bastasse a chuva torrencial que
acompanha o furacão, chega ao prédio uma gangue de assaltantes comandada por um
chefão violento (David Zayas). Os bandidos têm a informação de que um dos
moradores do prédio possui uma valiosa coleção de quadros famosos. A confusão
está formada. Além de terem que lidar com os moradores teimosos, a dupla de
policiais é obrigada a enfrentar os bandidos, que estão fortemente armados. Os
furos do roteiro são tão ridículos que nem vale a pena mencionar. É assistir
para perceber. As situações são previsíveis demais, constrangedoras. E os
diálogos, então, uma ofensa aos neurônios. Não sei porque Mel Gibson topou
participar desse desastre – e não estou falando do furacão. Deve estar
precisando de grana. Além da esposa Kate Bosworth, também trabalha no filme, num
pequeno papel, a filha do diretor, Jasper Polish, todos cúmplices desse
abacaxi. Resumo da ópera: “A Força da Natureza” é um verdadeiro atentado à
nossa inteligência e, desde já, deve ser colocado na lista dos piores da Netflix.
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