quinta-feira, 15 de abril de 2021

 

“A FORÇA DA NATUREZA” (“FORCE OF NATURE”), 2020, Estados Unidos, 1h31m, produção original Netflix, direção de Michael Polisch, seguindo roteiro assinado por Cory Miller. Trata-se de um filme de ação cuja história começa com o detetive Cardillo (Emile Hirsch) em meio a uma missão em Nova Iorque. Ele faz uma besteira e mata quem não devia. Dessa forma, como punição, ele é enviado para trabalhar como policial de rua em San Juan, capital do estado americano de Porto Rico, e sua parceira será a novata Jess Peña (Stephanie Cayo). Em seu primeiro dia de trabalho, a dupla recebe a incumbência de retirar os moradores que se recusam a abandonar um prédio que corria risco por causa da chegada de um furacão. Trata-se de um imóvel simples, de apenas quatro andares. Aqui começa a série de absurdos do deplorável roteiro. Um dos moradores é um negro que cria uma fera – ninguém saberá, até o final, se é um um tigre, um leão ou um leopardo – treinada para matar policiais. Em outro apartamento reside o policial aposentado Ray Barrett (Mel Gibson), que está muito doente. No apartamento, cuidando dele, está sua filha, a médica Troy (Kate Bosworth). Outro morador é um senhor chamado Bergkamp (Jorge Luiz Ramos), cujo pai militou no exército nazista durante a Segunda Grande Guerra. Enfim, um balaio de gatos. Não bastasse a chuva torrencial que acompanha o furacão, chega ao prédio uma gangue de assaltantes comandada por um chefão violento (David Zayas). Os bandidos têm a informação de que um dos moradores do prédio possui uma valiosa coleção de quadros famosos. A confusão está formada. Além de terem que lidar com os moradores teimosos, a dupla de policiais é obrigada a enfrentar os bandidos, que estão fortemente armados. Os furos do roteiro são tão ridículos que nem vale a pena mencionar. É assistir para perceber. As situações são previsíveis demais, constrangedoras. E os diálogos, então, uma ofensa aos neurônios. Não sei porque Mel Gibson topou participar desse desastre – e não estou falando do furacão. Deve estar precisando de grana. Além da esposa Kate Bosworth, também trabalha no filme, num pequeno papel, a filha do diretor, Jasper Polish, todos cúmplices desse abacaxi. Resumo da ópera: “A Força da Natureza” é um verdadeiro atentado à nossa inteligência e, desde já, deve ser colocado na lista dos piores da Netflix.         

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