“JOGO
PERIGOSO” (“GERALD’S GAME”), 2017, Estados Unidos, 1h43m, disponível na
plataforma Netflix, direção de Mike Flanagan, que também assina o roteiro com a
colaboração de Jeff Howard. Na verdade, eles adaptaram a história do livro
homônimo escrito em 1992 por Stephen King. Na época em que Flanagan demonstrou
interesse em adaptar o livro para o cinema, todo mundo achou que seria uma
tarefa bastante ousada, quase impossível. Especialista em filmes de terror,
como “Ouija: Origem do Mal”, “O Espelho” e “O Jogo da Morte”, entre tantos
outros, Flanagan topou o desafio. Vamos à história. Jessie e Gerald Burlingame
(Carla Gugino e Bruce Greenwood) estão na meia idade e em crise conjugal. Para tentar
salvar o casamento, Gerald leva a esposa para passar alguns dias numa cabana no
meio de uma floresta. Chegando lá, ele tem a infeliz ideia de algemar Jessie e
prender seus braços nos suportes da cama. Logo depois ele toma a famosa pílula
azul. No auge do entusiasmo, porém, ele morre fulminado por um infarto. Começa
então o martírio de Jessie, presa na cama e sem poder chamar socorro. Sua única
companhia é um enorme e ameaçador pastor alemão com cara de mau, que começa a
comer uns pedaços do falecido. Conforme as horas vão passando, o estresse da
situação começa a provocar delírios e alucinações em Jessie. O fantasma do
marido surge para discutir o casamento, o que gera diálogos intermináveis. Jessie também se imagina fora das algemas, discutindo com ela própria sobre os
traumas de infância causados pelo pai pedófilo (Henry Thomas). O filme contém
algumas cenas boas de suspense, mas nada além disso. Não li o livro de Stephen
King, mas deve ser bem melhor que o filme.
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