quarta-feira, 7 de abril de 2021

 

“FUJA” (“RUN”), 2020, Estados Unidos, 1h39m, produção original Netflix, direção de Aneesh Chaganty, que também assina o roteiro com a colaboração de Sev Chanian. É um suspense de primeira, angustiante do começo ao fim. Começa no hospital, quando Diane Sherman (Sarah Paulson) acaba de dar à luz um bebê prematuro que dificilmente sobreviverá. O filme dá um salto de 17 anos. Aquele bebê é agora uma jovem chamada Chloe Sherman (Kiera Allen), que vive enclausurada em casa numa cadeira de rodas, recebendo todos os cuidados de Diane. Afinal, além da paralisia da cintura para baixo, Chloe tem asma, arritmia, hemocromatose e diabetes. Diante desse quadro infeliz, Diane se dedica integralmente à filha problemática, inclusive educando-a em casa, já que proibiu que ela fosse para a escola. Um dia, porém, a jovem fica desconfiada de um novo remédio que é obrigada a tomar e pergunta à mãe para que serve. Diane dá uma resposta evasiva que faz Chloe acender uma luzinha de alerta. Isso tudo acontece em poucos minutos de filme. Dali para a frente, a menina passa a investigar o que está realmente acontecendo e, sem querer, acha uns documentos muito reveladores sobre a mãe. O filme se transforma num jogo sinistro, um verdadeiro embate físico e psicológico entre mãe e filha, com sequências de tirar o fôlego. E olha que o filme quase inteiro é ambientado num único cenário, ou seja, a casa em que vivem, além de algumas outras cenas em um hospital. E com apenas dois personagens, a mãe e a filha, e mesmo assim o ritmo do suspense é alucinante. Méritos ao diretor de origem indiana Annesh Chaganty. Este é o seu segundo longa-metragem. O primeiro foi um outro suspense, “Buscando...” (“Searching”), de 2018, muito elogiado pelo público e pela crítica. É bom guardar o nome desse jovem diretor, de apenas 30 anos, que já demonstra talento para se tornar um cineasta de destaque no mundo cinematográfico. Também é preciso destacar o desempenho fantástico das duas atrizes principais, especialmente a estreante Kiera Allen, que na vida real também é cadeirante. Enfim, “Fuja” é um ótimo suspense, repleto de tensão, sufocante, espetacular. Não perca!                    

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