“NADA
A ESCONDER” (“LE JEU”), 2018, França, 1h30, roteiro e direção de Fred Canayé.
Trata-se de uma comédia que faz rir das situações, mas que também tem seus momentos
de puro drama. O filme parte da ideia inicial do cineasta italiano Paolo
Genovese, que em 2016 escreveu e dirigiu “Perfectos Desconocidos” (“Perfeitos
Estranhos). Além desta versão francesa, já aconteceram outras três: do cinema
espanhol, do sul-coreano e do turco. O ponto de partida da história é o mesmo,
ou seja, três casais e um solteirão, todos de meia idade e amigos de longa data,
se reúnem para um jantar. Papo, vai, papo vem, chega-se ao tema principal: quem
ama não tem nada a esconder. Diante desse contexto, a anfitriã da festa sugere
um jogo bastante interessante, mas que pode se tornar perigoso. Cada um deve colocar o seu celular no centro da
mesa, todos desbloqueados e no viva-voz. A gente percebe que alguns não gostam
da sugestão, mas, para não levantar suspeitas, concordam em participar. Depois de
algumas ligações ouvidas por todos, o ambiente começa a ficar pesado, com troca
de farpas e muita roupa suja lavada, gerando sequências bem engraçadas, outras
nem tanto. Outro componente importante da história é a ocorrência de um eclipse
lunar bastante raro naquela noite. Será que ele pode interferir no
comportamento das pessoas, especialmente aquelas que estão participando desse
jantar? Eu só vi a versão francesa, alvo deste comentário, mas duvido que as
outras sejam melhores. A começar pelo elenco, constituído por excelentes atores
como Suzanne Clément, Bérénice Bejo, Doria Tillier, Vincent Elmaz, Stéphane de
Groodt, Roschdy Zem, Gregory Gadebois e Fleur Fitoussi, astros consagrados do cinema francês. “Nada a Esconder” é um
filme muito interessante, ideal para o público adulto. Entretenimento
garantido.
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