domingo, 27 de dezembro de 2020

 

“O CÉU DA MEIA-NOITE” (“THE MIDNIGHT SKY”), 2020, Estados Unidos, produção original Netflix, 2h2m, direção de George Clooney, que também atua. O roteiro é assinado por Mark L. Smith, que se inspirou em “Good Morning, Midnight”, romance de estreia da escritora Lily Brooks-Dalton. Não li o livro e, portanto, não sei se a adaptação foi bem feita. O filme de Clooney (o sétimo que dirige) apresenta duas histórias que se alternam na tela quase até perto do desfecho, quando então se conectam. O ano é 2049. O cientista e astrofísico Augustine Lofthouse (Clooney) está  numa base científica na Groelândia. Segundo se presume, é o único habitante da Terra ainda vivo (será que foi a Covid que matou todo mundo?). Ele sofre de uma doença terminal que o obriga a realizar sessões de hemodiálise diárias, utilizando um aparelho portátil que ele mesmo opera. Ele só tem a companhia de uma menina chamada Iris (Caovlinn Springall), que se escondeu na estação quando todo o pessoal da base foi embora. O principal objetivo de Augustine é continuar vivo para entrar em contato com a tripulação da espaçonave “Aetherde” e avisar para que não retornem à Terra. Na espaçonave estão cinco astronautas: o comandante Adewole (David Oyelowo), Sully (Felicity Jones), Sanchez (Damían Bichir), Maya Peters (Tiffany Boom) e Mitchell (Kyle Chandler). Eles estão de volta após uma missão bem sucedida no espaço, ou seja, encontrar um planeta que seja habitável. Eles encontraram: a Lua K-23 de Júpiter (haja ficção!). O roteiro alterna cenas no Ártico com Clooney e a menina enfrentando violentas tempestades para encontrar uma base que tenha sinal para se comunicar com a espaçonave, com as sequências no espaço com os clichês de sempre: chuvas de meteoro, defeitos em equipamentos que só podem ser consertados fora da nave, muito papo saudosista sobre as famílias que ficaram na Terra etc. Com exceção de algumas boas cenas de ação e de perigo, o restante do filme chega a ser entediante, recheado de papo furado. A crítica especializada ficou dividida: uns detestaram, outros acharam bom, apenas bom. Eu achei o resultado final decepcionante, uma bola fora de Clooney.

 

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