quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

 

MOSUL, 2019, Estados Unidos, 1h41m, disponível na Netflix, roteiro e direção de Matthew Michael Carnahan. Antes de iniciar o comentário propriamente dito, faço uma pequena introdução para explicar os fatos históricos que resultaram no filme. Mosul era a terceira maior cidade do Iraque até ser invadida e tomada pelo Estado Islâmico em junho de 2014. Os guerrilheiros do EI assassinaram civis, estupraram mulheres e assumiram o governo da cidade, elegendo-a sua capital em solo iraquiano. Durante dois anos, o governo iraquiano tentou expulsar os terroristas, resultando numa verdadeira guerra civil, durante a qual morreu muita gente e Mosul ficou praticamente destruída. Em outubro de 2016, o governo do Iraque, com o apoio de soldados curdos e de uma coalização internacional, lançou uma grande ofensiva na cidade, finalmente expulsando o exército do EI. O filme começa justamente nesse momento. A história é centrada num esquadrão paramilitar intitulado “Swat de Nínive” (antigo nome de Mosul), formado por cerca de dez soldados. Eles estão em Mosul para uma missão especial, que só será revelada ao espectador no desfecho. O grupo, comandado pelo Major Jasem (Suhail Dabbach), entra na cidade e ainda se defronta com alguns retardatários do EI, resultando em ferozes combates. O filme tem muita ação, suspense, tiros e muita violência. Mas tudo bem encenado e realista. Tanto que alguns moradores sobreviventes viram o filme e afirmaram que tudo aconteceu exatamente como é mostrado. Realmente, o filme é muito bom. Embora tenha sido produzido pelos Estados Unidos, “Mosul” é totalmente falado em árabe e somente com atores iraquianos. O filme marca a estreia de Matthew Michael Carnahan como diretor. Para escrever o roteiro, ele se baseou nos fatos descritos na reportagem “The Desperate Battle to Destroy ISIS” (“A Batalha Desesperadora para Destruir o Estado Islâmico”), do jornalista Luke Mogelson, publicada na Revista New Yorker.      

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