ESTRANHA
PRESENÇA (THE LITTLE STRANGER), 2018, Irlanda, 1h51m, à disposição na plataforma Netflix, roteiro e direção de
Lenny Abrahamson (“O Quarto de Jack”). Trata-se de um suspense sobrenatural
baseado no romance "The Little Stranger", de Sarah Wathers, lançado em 2009. A
história é ambientada em 1948 e começa quando o Dr. Faraday (Domhnall Glesson) é
chamado para atender um paciente na mansão Hundreds Hall, localizada na zona
rural do condado de Warwickshire, região central da Inglaterra. O paciente é
Roderick Ayres (Will Poulter), um ex-soldado que voltou da Guerra, a Segunda,
com graves sequelas físicas e mentais. Chegando ao casarão, o médico conhece Madame
Ayres (Charlotte Rampling), a atual matriarca da família, e sua filha Caroline (Ruth
Wilson). Dr. Faraday passa a frequentar a casa e acaba se apaixonando por
Caroline. Só que, como descobrirá mais tarde, a mansão esconde um terrível
segredo que só virá à tona no desfecho da história. Na verdade, podemos dividir
o filme em duas partes. Até a metade, nada acontece, só enrolação. A segunda
metade reserva alguma ação na base do fantasmagórico, com alguns sustos. Mas é
só. Nem mesmo o desfecho, que poderia ser surpreendente, não passa de um final
infeliz e mal explicado. E tem mais: a história é contada num ritmo bastante
lento, beirando o enfadonho. Para piorar, o personagem principal, Dr. Faradey,
passa o tempo todo com uma expressão catatônica e sonambólica que chega a dar raiva. Sua
passividade atinge o auge quando nega fogo com a carente e fogosa Caroline. Nem mesmo as ótimas
atrizes Ruth Wilson e Charlotte Rampling escapam da mediocridade reinante.
Resumo da ópera: “Estranha Presença” é decepcionante.
terça-feira, 1 de dezembro de 2020
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário