quinta-feira, 26 de novembro de 2020

 

“A CURA” (“A CURE FOR WELLNESS”), 2017, Estados Unidos, 2h26m, roteiro e direção de Gore Verbinski. Trata-se de um drama que mistura suspense e terror psicológico. A história é centrada no jovem Lockhart (Dane Dehaan), um dos principais executivos de uma empresa com escritório em Nova Iorque. Um dia, a diretoria ordena que Lockhart viaje para a Suíça com a missão de trazer de volta o CEO Pembroke, internado para tratamento de saúde numa clínica localizada nos Alpes. Na estrada que o levaria até lá, o carro onde está Lockhart atropela uma rena, numa das cenas mais fortes do filme. Resultado do acidente: o jovem executivo quebra uma perna e é internado justamente na clínica onde está Pembroke. Como Lockhart descobriria logo depois, o local não é apenas uma clínica, mas um lugar sinistro cheio de mistério e segredos macabros. Dr. Volmer (Jason Isaacs) é o diretor da clínica e vilão da história. É daqueles médicos que fazem experiências com os pacientes, o que lembra muito o que os nazistas faziam durante a Segunda Grande Guerra. Dessa maneira, a missão de Lockhart será dificultada ao máximo, mas ele não se dá por vencido. Vasculhando pelos corredores da clínica, Lockhart tenta encontrar uma forma de resgatar Pembroke e fugir do lugar. Mas, até lá, muita água vai – literalmente – rolar. Destaque para a participação da jovem atriz Mia Goth como Hannah, a paciente mais jovem da clínica. Mia, que também é modelo, ficou conhecida depois de atuar (sua estreia no cinema) em “Ninfomaníaca”, o polêmico filme do dinamarquês Lars Von Trier. Foi neste filme também que Mia conheceu o ator Shia Labeouf, que foi seu marido de 2016 até 2018. Outra curiosidade sobre Mia: ela é neta da também atriz brasileira de cinema e televisão Maria Gladys, com quem morou aqui no Brasil até os 12 anos. Hoje, Mia é uma das atrizes mais requisitadas por Hollywood. Voltando ao comentário de “A Cura”, considero o filme bastante interessante, embora tétrico, indigesto, perturbador e até repugnante. No estilo da história e na estética visual, “A Cura” lembra muito três grandes clássicos do cinema, como “Laranja Mecânica” (a tortura no rosto), de Stanley Kubrick, “Ilha do Medo”, de Martin Scorsese, e “O Iluminado”, também de Kubrick. Sem dúvida, vale a pena conferir o filme de Gore Verbinski, que se tornou conhecido depois de ter dirigido “O Chamado” e os filmes da série “Piratas do Caribe”.  

 

Nenhum comentário: