“SERGIO”, 2019,
Estados Unidos, produção Netflix, 1h58, direção de Greg Baker. Esta é a
biografia romanceada do carioca Sérgio Vieira de Mello, que se destacou como
alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos,
realizando missões em vários países em conflito. Seu trabalho ganhou maior
evidência nos anos 90 e no início dos anos 2000. Sua missão mais importante e
bem sucedida foi quando esteve no Timor Leste, país sob o domínio da
Indonésia. Ele negociou tanto com o líder dos rebeldes Xamana Gusmão como com Abdurrahman
Washid, presidente da Indonésia. Sérgio convenceu Washid a não só permitir a
independência do Timor Leste como também pedir desculpas ao povo timorense pela
truculência do regime que resultou em milhares de mortos. Pouco depois, Sérgio
seria enviado para Bagdá, no Iraque, para assumir a sede da ONU no Hotel Canal.
Aqui, ele cometeria um erro fatal: dispensou a segurança das tropas do exército
dos EUA, o que lhe custaria a vida e a de outras dezenas de pessoas num
violento atentado à bomba em 2003. Para contar toda essa história, o diretor
Greg Baker contou com o roteiro escrito por Graig Borten, que se inspirou na
biografia de Sérgio Vieira de Mello intitulada “O Homem que Queria Salvar o Mundo”,
da historiadora Samantha Power. Lembro ainda que o diretor Greg Baker já havia
realizado, em 2009, o documentário “Sergio”, sobre o mesmo personagem. O elenco
do filme tem Wagner Moura no papel principal, a atriz cubana Anna de Armas como
Carolina Larriera, a segunda mulher de Sérgio, além de Bradley Whitford, Brian
F. O’Byrne e Clarisse Abujamra. Trata-se de um filme obrigatório para quem
conhecer um pouco da vida desse brasileiro ilustre, humanista ao extremo, que dedicou sua vida profissional a construir a paz pelo mundo afora.
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