“DRY MARTINA”, 2019,
coprodução Chile/Argentina à disposição na plataforma Netflix, 1h35m, roteiro e
direção do cineasta chileno Che Sandoval. Trata-se de um misto de romance,
comédia e drama, com muito erotismo e sexo. A história é centrada em Martina
(Antonella Costa), uma cantora romântica com repertório brega que teve o seu
auge da fama na Argentina nos anos 90. Depois disso, em franca decadência, continuou
cantando em botecos à noite, na maioria das vezes não sendo reconhecida pelo
público. Ao seu declínio artístico junta-se
a carência afetiva e, principalmente, a falta de sexo. Nunca mais foi a mesma
depois do último namorado, atravessando um período literal de seca, com falta
de sexo e sem o prazer de antes. Daí o título “Dry Martina”. Mas a situação
mudaria quando ela conhece a espevitada Francisca (Geraldine Neary), que chegou
do Chile dizendo-se sua maior fã e, pior, sua irmã de sangue. Ao mesmo tempo em
que se surpreende com a grande novidade, Martina fica conhecendo o namorado bonito
de Francisca, o jovem César (Pedro Campos). É aí que ela volta a pegar fogo, leva
o rapaz para a cama e, finalmente, volta a sentir prazer. Paixão carnal à
primeira noitada. Quando César e Francisca voltam a Santiago, Martina fica
desesperada e parte para a capital chilena com a desculpa de rever a irmã e
quem sabe conhecer seu pai biológico, Nacho (Patricio Contreras), mas na
verdade ela queria se jogar na cama com César. E dá-lhe sexo – cenas de forte
erotismo, mas nada explícito. Como verdadeira “ninfómana”, como se diz em espanhol,
a fogosa Martina parte para o ataque em várias frentes. A atriz Antonella
Costa, italiana de nascimento e radicada desde os 4 anos de idade na Argentina,
cumpre muito à vontade esse papel de “sedienta de amor”. Ela não é muito
bonita, mas bastante sensual. Não há muito o que se destacar em “Dry Martina”, com
exceção de um excelente trabalho de fotografia – repare na cena inicial, quando
Martina canta de vestido prateado. Enfim, um filme fácil de digerir, sem muitos
atrativos, mas alerto: tire as crianças da sala.
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