quarta-feira, 18 de março de 2020


“SIMONAL”, 2019, produção da Globo Filmes, 1h45m, filme de estreia na direção do carioca Leonardo Domingues, com roteiro de Victor Atherino. O elenco: Fabrício Boliveira (Wilson Simonal), Ísis Valverde (Tereza, a esposa), Leandro Hussum (Carlos Imperial), Mariana Lima (a socialite Laura Figueiredo), Caco Ciocler (delegado Santana), João Velho (Miéle), Rafael Sieg (Ronaldo Bôscoli), Lilian Menezes (Elis Regina) e Bruce Gomlevsky (contador Taviani). O filme aborda o período de quinze anos na vida do cantor Wilson Simonal, de 1960 a 1975, sua ascenção ao estrelato e sua queda após o problema que levou seu contador a ser torturado no DOPS. Simonal começou na vida artística participando de um grupo vocal que cantava rock. O produtor musical Carlos Imperial incentivou Simonal a seguir carreira solo. Arrebentou, principalmente depois de levado para algumas apresentações no Beco das Garrafas por Miele e Ronaldo Bôscoli. Logo estava na TV com programa próprio, arrasando no seu estilo swingado e malandro-chique. O filme acompanha sua carreira nos palcos e discos, o casamento com sua grande musa Tereza, o grande sucesso na TV e sua decadência após o episódio com o contador. Sem dúvida, Simonal era um grande artista, um cantor fenomenal e um showman capaz de entreter suas plateias por horas, além de uma voz poderosa. Como aconteceu uma vez no Maracanãzinho, quando Simonal fez 30 mil pessoas cantarem juntos seus maiores sucessos. E que trilha sonora: “Lobo Bobo”, Balanço Zona Sul”, “Meu Limão, meu Limoeiro”, “Mamãe Passou Açúcar em Mim”, “Sá Marina”, “País Tropical” e “Nem Vem que não Tem”. Só quem viveu aquela época sabe o que Simonal, com seu estilo marcante, significou para a música brasileira. O filme tem o mérito de acompanhar a carreira do grande cantor e apresentá-lo às novas gerações. Fabrício Boliveira e Ísis Valverde, o casal principal de protagonistas, estão muito bem em seus papeis – os dois já atuaram juntos em “Faroeste Caboclo”, de 2013. Resumo da ópera: um filme obrigatório para quem quer conhecer ou relembrar a história de vida daquele que foi um de nossos melhores cantores. Nessa linha de biografias de artistas nacionais consagrados, recomendo também os filmes sobre Cazuza, Tim Maia, Maysa, Chacrinha, Elis, Erasmo Carlos e Hebe. Quem será o próximo?       
  

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