“AS
FILHAS DO SOL” (“LES FILLES DU SOLEIL”), 2018, França, 2 horas,
roteiro e direção de Eva Husson. A história é baseada em fatos reais ocorridos
em 2014. Um grupo de guerrilheiras curdas lutam contra as forças opressoras do
Iraque e do Irã. O filme é centrado numa missão em que o pequeno batalhão de mulheres
é escalado para tomar a cidade de Gordyene, na fronteira entre Síria, Iraque e
Turquia. Enquanto os guerrilheiros curdos, homens, ficavam nas trincheiras
aguardando possíveis reforços e praticamente se escondendo, as mulheres foram à luta. O batalhão feminino,
comandado por Bahar (a bela atriz iraniana Golshifteh Farahani), foi
acompanhado em sua missão pela jornalista francesa Mathilde (Emmanuelle Bercot),
que registrou os acontecimentos para depois divulgá-los ao mundo. Nos momentos
em que é possível descansar, Bahar conta sua história para Mathilde, seu sequestro
e de seu filho pelos violentos iranianos, o assassinato do marido e os
terríveis momentos em que viveu no cativeiro juntamente com outras mulheres - os
iranianos chegaram a sequestrar mais de 7 mil mulheres curdas para depois vendê-las.
A roteirista e diretora Eva Husson conta todo esse sofrimento em flashbacks,
justificando plenamente a adesão de Bahar aos grupos guerrilheiros, buscando vingança e também encontrar seu filho. Na
maioria dos filmes em que o tema é algum conflito, é mais comum mostrar heróis
masculinos e as mulheres apenas como espectadoras ou vítimas. Em “As Filhas do Sol”, as
mulheres é que assumem o espetáculo, provando que também têm coragem para lutar sem medo de morrer. O
filme estreou e disputou a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes, em
maio de 2018, sendo exibido por aqui durante a programação oficial do Festival
Varilux de Cinema Francês em 2019. Recomendo!
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