Nem sempre um bom elenco é
capaz de salvar um filme. É o caso do suspense “ARANHA NA TEIA” (“SPIDER IN
THE WEB”), 2019, coprodução Israel/Inglaterra, 1h53m, direção de Eran Riklis,
cineasta israelense dos excelentes “Lemon Tree" (2008) e “A Noiva da Síria” (2004). O roteiro é assinado por Gidon Maron e Emmanuel Naccache. Só para citar dois
nomes do elenco de “Aranha na Teia”: o ator inglês Bem Kingsley e a atriz
italiana Monica Bellucci, minha musa desde sempre e de milhões de outros cinéfilos. Pois bem, nem eles foram capazes de salvar esse abacaxi. Vamos à história – vou
tentar explicar o que eu entendi. Aí eu pergunto: por que quase todo filme de
espionagem é difícil de entender? O Mossad, serviço secreto de Israel, quer
saber quem está fornecendo armas químicas para a Síria. Para essa missão, é
escalado Adereth (Kingsley), um famoso espião em final de carreira. Como o
Mossad deixou de confiar nele há tempos, o agente Daniel (Itay Tiran) ficou
encarregado de vigiá-lo de perto. Aí entra em cena a personagem Angela (Monica
Bellucci), que indica uma empresa localizada na Bélgica como fornecedora das
tais armas químicas. Agentes do serviço secreto da Bélgica entram em ação,
complicando ainda mais a situação. Para piorar, o roteiro ainda
abre espaço para um romance forçado entre Abereth e Angela. Os dois não
combinam nem um pouco, mesmo que tudo não passe de um jogo de interesses. Se
fosse na vida real, Bellucci mataria Kingsley do coração na primeira noite...
Você acompanha todo o enredo sem entender muito bem o que está acontecendo. E
termina de assistir sem continuar entendendo. Fraquinho, fraquinho...
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