terça-feira, 3 de março de 2020


Desde que a vi em “A Insustentável Leveza do Ser”, em 1988, e depois, nos anos 90, na famosa trilogia do diretor polonês Krzysztof Kieslowski (“A Liberdade é Azul”, A Igualdade é Branca” e “A Fraternidade é Vermelha”, jamais deixei de assistir a um filme com a  francesa Juliette Binoche. E foram muitos, incluindo “O Paciente Inglês” etc. Um de seus filmes mais recentes é “QUEM VOCÊ PENSA QUE SOU” (“CELLE QUE VOUS CROYEZ”), 2019, França, 1h41m, roteiro e direção de Safy Nebbou. Binoche é Claire Millaud, uma professora universitária divorciada, com dois filhos, que procura fugir da solidão com namorados mais jovens. O último deles é Ludo (Guillaume Gouix), que de repente resolve terminar a relação humilhando Claire. Ela resolve se vingar entrando num site de relacionamentos com o nome de Clara, utilizando as fotos de uma sobrinha linda de 24 anos de idade. A isca foi lançada e Claire pesca justamente quem queria: Alex (François Civil), o melhor amigo de Ludo. A história vai se desenrolando paralelamente às sessões de Claire com a psicanalista Catherine Bormans (Nicole Garcia). O diretor Safy Nebbou insiste em manipular o enredo com algumas dúvidas para o espectador. Por exemplo, se o que está acontecendo é na vida real ou virtual. A complexidade da trama também está no fato de que Claire está escrevendo um livro cujo conteúdo sugere muitas semelhanças com o que está acontecendo no filme. Enfim, um “filme cabeça” não indicado para quem curte “Capitão América” e assemelhados. E com uma vantagem especial: a presença de Juliette Binochet em mais uma atuação impecável. “Quem Você Pensa que Sou” estreou no 69º Festival Internacional de Berlim em fevereiro de 2019 e foi exibido por aqui, antes de entrar no circuito comercial, durante a programação do Festival Varilux de Cinema Francês, em junho de 2019.

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