Desde que a vi em “A
Insustentável Leveza do Ser”, em 1988, e depois, nos anos 90, na famosa trilogia do diretor polonês Krzysztof
Kieslowski (“A Liberdade é Azul”, A Igualdade é Branca” e “A Fraternidade é
Vermelha”, jamais deixei de assistir a um filme com a francesa Juliette Binoche. E foram muitos,
incluindo “O Paciente Inglês” etc. Um de seus filmes mais recentes é “QUEM
VOCÊ PENSA QUE SOU” (“CELLE QUE VOUS CROYEZ”), 2019, França, 1h41m,
roteiro e direção de Safy Nebbou. Binoche é Claire Millaud, uma professora
universitária divorciada, com dois filhos, que procura fugir da solidão com
namorados mais jovens. O último deles é Ludo (Guillaume Gouix), que de repente
resolve terminar a relação humilhando Claire. Ela resolve se vingar entrando
num site de relacionamentos com o nome de Clara, utilizando as fotos de uma
sobrinha linda de 24 anos de idade. A isca foi lançada e Claire pesca justamente quem
queria: Alex (François Civil), o melhor amigo de Ludo. A história vai se desenrolando
paralelamente às sessões de Claire com a psicanalista Catherine Bormans (Nicole
Garcia). O diretor Safy Nebbou insiste em manipular o enredo com algumas
dúvidas para o espectador. Por exemplo, se o que está acontecendo é na vida
real ou virtual. A complexidade da trama também está no fato de que Claire está
escrevendo um livro cujo conteúdo sugere muitas semelhanças com o que está
acontecendo no filme. Enfim, um “filme cabeça” não indicado para quem curte “Capitão
América” e assemelhados. E com uma vantagem especial: a presença de Juliette Binochet
em mais uma atuação impecável. “Quem Você Pensa que Sou” estreou no 69º
Festival Internacional de Berlim em fevereiro de 2019 e foi exibido por aqui,
antes de entrar no circuito comercial, durante a programação do Festival Varilux
de Cinema Francês, em junho de 2019.
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