segunda-feira, 2 de março de 2020

JOJO RABBIT”, 2019, Estados Unidos, 1h48m, roteiro e direção do neozelandês Taika Waititi (que também atua no filme). Indicado para disputar o Oscar 2020 em seis categorias, inclusive de Melhor Filme, “Jojo Rabbit” ganhou apenas uma estatueta como Melhor Roteiro Adaptado – do romance “Caging Skies”, da escritora neozelandesa Christina Leunens, lançado em 2004. Realmente, o roteiro é primoroso, criativo, que soube criar situações de bom humor num contexto trágico – a Segunda Guerra Mundial. A história é toda centrada num garoto de 10 anos, Jojo Betzler (o estreante Roman Griffin Davis), admirador do nazismo e de Adolph Hitler. Seu sonho é ingressar na Juventude Hitlerista. A situação começa a mudar quando ele descobre que a mãe Rosie Betzler (Scarlett Johansson) esconde uma garota judia (Thomasin McKenzie) no armário, uma evidente referência a Anne Frank. Jojo fica sabendo ainda que a mãe é uma antinazista convicta e que, por isso, sofrerá uma trágica consequência. A simpatia de Jojo pelo nazismo é incentivada por seu amigo imaginário, o próprio Adolph Hitler (papel do diretor), em aparições hilariantes. O filme já começa de modo surpreendente, associando o histerismo dos alemães diante dos discursos de Hitler com o histerismo das fãs que iam aos concertos dos The Beatles. Uma sacada genial. Tudo funciona muito bem, mas o grande trunfo do filme é realmente a atuação do estreante ator britânico Roman Griffin Davis como Jojo. Ele domina o filme de cabo a rabo. Outro protagonista que dá um show é o gordinho York (Archie Yates), responsável pelas cenas mais engraçadas. O elenco conta ainda com Sam Rockweel, Rebel Wilson e Stephen Merchant. O filme estreou durante o 44º Festival de Cinema de Toronto, arrancando elogios entusiasmados dos críticos e do público. Eu também gostei, achei o filme genial, interessante e muito criativo. Imperdível!    

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