Bruce Willis continua duro de
matar, mas seus últimos filmes são duros de aguentar, de engolir, de assistir.
Em quase todos eles Willis aparece pouco, mas seu nome surge sempre em destaque
nos materiais de divulgação, como se ele fosse o protagonista principal. Além
do mais, Willis está nitidamente sem fôlego para atuar em filmes de ação. Fora
que nunca foi um bom ator e agora piorou muito. Se alguém tiver alguma dúvida a
respeito de tudo isso que escrevi, assista ao recente suspense policial “CENTRO
DO TRAUMA” (“TRAUMA CENTER”), 2019, EUA, 1h26m, direção do cineasta
iraniano radicado na América Matt Eskandari, com roteiro de Paul J. Da Silva. A
história toda gira em torno de Madison Taylor (Nicky Whelan), que por um azar
acaba testemunhando o assassinato de um policial. Embora não possa identificar
os dois atiradores, ela recebeu um tiro na perna e a bala pode denunciar a quem
pertence o revólver do assassino. Os dois vilões conseguem descobrir que
Madison está internada num hospital. Como também são policiais – da Narcóticos
-, acabam tendo livre acesso às dependências do hospital. Seu objetivo é
retirar a bala da perna da moça. Enquanto isso, nada de Willis, cujo personagem
é o tenente Steve Swake. Por um bom tempo, Madison consegue fugir dos vilões até
a chegada da cavalaria, ou seja, o pangaré Willis. A ação transcorre à noite, o
hospital no maior silêncio, enquanto em alguns andares Madison tenta se
esconder dos bandidos. Muito barulho, inclusive tiros, mas nada chama a atenção
nem dos seguranças do hospital e muito menos dos médicos e enfermeiras. Tenha
dó! Os atores Tito Ortiz e Texas Battle, os vilões, são tão medíocres que
chegam a ser cômicos. Posso apontar como únicos destaques a presença da bela
atriz australiana Nicky Whelan e a aparição do ator Steve Guttenberg, que andava
sumido das telas – pelo menos faz tempo que não o vejo. “Centro do Trauma” é um
enorme abacaxi, daqueles que vem com a Carmem Miranda pendurada.
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