terça-feira, 3 de dezembro de 2019


“O IRLANDÊS” (“THE IRISHMAN”), 2019, EUA, direção de Martin Scorsese, distribuição da Netflix (no Brasil, estreou dia 27 de novembro de 2019). Posso afirmar, com toda certeza, que este é o grande favorito ao Oscar 2020 em várias categorias. Um épico com a marca registrada do grande diretor Martin Scorsese. Com roteiro de Steven Zaillian, adaptado do livro “I Heard You Paint Houses”, escrito por Charles Brandt, a história, baseada em fatos reais, acompanha, durante décadas, desde o pós-Segunda Guerra Mundial, a trajetória de Frank Sheeran (Robert De Niro), um simples motorista de caminhão que transportava carnes para um frigorífico pertencente a um chefão da Máfia. Aos poucos ele vai se aproximando do crime organizado e logo se transforma num assassino de aluguel sob o mando de Russel Bufalino (Joe Pesci), chefão mafioso da Pensilvânia. Também se transforma em homem de confiança e segurança do lendário líder sindical Jimmy Hoffa (Al Pacino), que mantinha estreitas ligações com os chefões do crime organizado. Scorsese prioriza a questão da honra entre os integrantes da máfia italiana, os acordos realizados em mesas de restaurantes, muitos resultando em mortes encomendadas – sim, há muita violência -, vinganças, traições e toda a sujeira que envolve a atividade criminosa. Completam o elenco, entre outros, Karvey Keitel, Bobby Carnevale, Anna Paquin e Stephen Graham. Mas os destaques são, sem dúvida, os desempenhos magistrais de De Niro, Pacino e, principalmente, Joe Pesci (aposto que vai ganhar o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante). Eu acreditava que nenhum outro filme sobre a Máfia superaria “Os Bons Campanheiros”, do próprio Scorsese. E não é que ele se superou? “O Irlandês” é sensacional, uma obra-prima, 3h30m do mais puro deleite cinematográfico, um filme que você não quer que termine. Logo depois de seu lançamento, em 27 de setembro durante o 57º Festival de Cinema de Nova Iorque, “O Irlandês” já foi considerado o melhor filme de 2019 e o melhor roteiro adaptado pela National Board of Review, organização que reúne críticos de cinema e profissionais da indústria cinematográfica norte-americana. Obrigado, Scorsese!     

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