“O IRLANDÊS” (“THE IRISHMAN”), 2019,
EUA, direção de Martin Scorsese, distribuição da Netflix (no Brasil, estreou
dia 27 de novembro de 2019). Posso afirmar, com toda certeza, que este é o
grande favorito ao Oscar 2020 em várias categorias. Um épico com a marca registrada
do grande diretor Martin Scorsese. Com roteiro de Steven Zaillian, adaptado do
livro “I Heard You Paint Houses”, escrito por Charles Brandt, a história, baseada
em fatos reais, acompanha, durante décadas, desde o pós-Segunda Guerra Mundial,
a trajetória de Frank Sheeran (Robert De Niro), um simples motorista de
caminhão que transportava carnes para um frigorífico pertencente a um chefão da
Máfia. Aos poucos ele vai se aproximando do crime organizado e logo se transforma
num assassino de aluguel sob o mando de Russel Bufalino (Joe Pesci), chefão
mafioso da Pensilvânia. Também se transforma em homem de confiança e segurança
do lendário líder sindical Jimmy Hoffa (Al Pacino), que mantinha estreitas
ligações com os chefões do crime organizado. Scorsese prioriza a questão da
honra entre os integrantes da máfia italiana, os acordos realizados em mesas de
restaurantes, muitos resultando em mortes encomendadas – sim, há muita
violência -, vinganças, traições e toda a sujeira que envolve a atividade
criminosa. Completam o elenco, entre outros, Karvey Keitel, Bobby Carnevale,
Anna Paquin e Stephen Graham. Mas os destaques são, sem dúvida, os desempenhos
magistrais de De Niro, Pacino e, principalmente, Joe Pesci (aposto que vai
ganhar o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante). Eu acreditava que nenhum outro filme sobre
a Máfia superaria “Os Bons Campanheiros”, do próprio Scorsese. E não é que ele
se superou? “O Irlandês” é sensacional, uma obra-prima, 3h30m do mais puro deleite
cinematográfico, um filme que você não quer que termine. Logo depois de seu
lançamento, em 27 de setembro durante o 57º Festival de Cinema de Nova Iorque, “O
Irlandês” já foi considerado o melhor filme de 2019 e o melhor roteiro adaptado
pela National Board of Review, organização que reúne críticos de cinema e profissionais
da indústria cinematográfica norte-americana. Obrigado, Scorsese!
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