“MEMÓRIA
DE UM CRIME” (“BACKTRICE”), 2018, EUA, 1m27m, filme policial dirigido
por Brian A. Miller, com roteiro de Mike
Maples. O filme começa com um assalto a um carro blindado praticado por três
assaltantes. Eles conseguem fugir com uma grande quantidade de dinheiro, que
escondem num tipo de armazém abandonado em algum lugar bem longe. Logo depois,
durante a fuga, eles se defrontam com dois estranhos fortemente armados, que
exigem parte do dinheiro roubado. Os dois grupos entram em confronto e, dos
assaltantes, só um sobrevive e consegue escapar da matança, mas, devido a um
tiro de raspão na cabeça, perde a memória. O filme salta para sete anos depois.
MacDonald (Matthew Modine), o sobrevivente, está preso numa penitenciária de
segurança máxima e ainda não se lembra do que aconteceu. Seu segredo atrai três
aproveitadores que conseguem resgatá-lo da prisão. Uma enfermeira faz parte do
grupo de sequestradores e, utilizando uma droga especial, tentará fazer
MacDonald recuperar a memória e contar onde escondeu o dinheiro. A investigação
sobre o desaparecimento de MacDonald fica a cargo do xerife Sykes (Sylvester
Stallone), que, com a colaboração do FBI, tentará encontrar pistas que levem ao
sequestrado e seus sequestradores. Embora a divulgação do filme tenha colocado
Stallone como o principal protagonista, na verdade ele aparece em poucas cenas,
ganhando algum realce somente no desfecho. Embora tenha feito história no cinema por seus
antigos personagens John Rambo e Rocky Balboa, Stallone nunca foi um bom ator. Sempre atuou mais com os músculos. Agora, aos 73 anos, tenta sobreviver à idade, mas
encontra muita dificuldade, principalmente pela deformação cada vez mais
acentuada do rosto. Se pudesse aconselhá-lo, diria: “Tá na hora de se aposentar,
Stallone. Obrigado por tudo”. Voltando a “Memória de um Crime”, o filme estreou nos EUA em
dezembro de 2018 e ainda não chegou por aqui. O diretor Brian A. Miller,
especialista em filmes de ação (“O Príncipe”, “Rastros de Violência”, “Sombras
da Justiça”, “A Máquina”), bem que tentou imprimir seu estilo em “Memória de
um Crime”, mas ficou só na intenção. Nada que mereça uma indicação entusiasmada. Em todo caso, pode servir
para uma sessão da tarde com pipoca.
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