“ANJO MEU” (“ANGEL OF MINE”), 2019,
coprodução Austrália/EUA, 1h38m, direção de Kim Ferrant, com roteiro
de Lucas Davi e David Regal. Trata-se de um suspense cuja história é um
antigo clichê do cinema, ou seja, mulher psicótica e frustrada persegue uma família bem estruturada e feliz.
No caso, a maluca é Lizzie (Noomi Rapace), cuja filha então bebê morreu anos
antes no incêndio ocorrido num hospital. Desde então, ela faz terapia intensiva
com um psicólogo e é vigiada de perto pelo marido Mike (Luke Evans) e pelos
seus pais. Ao conhecer a família de Claire (Yvonne Strahovski) e Bernard
(Richard Roxburgh) Lizzie fica obcecada por Lola (Annika Whiteley), de cinco
anos, filha do casal. Na sua cabeça, Lola é a sua filha. Lizzie então parte para o confronto. Até o desfecho, que reserva
uma reviravolta bastante surpreendente, Lizzie infernizará a família de Claire,
a ponto de seu marido, a conselho do psicólogo, querer interná-la de novo num
hospital psiquiátrico. As atrizes principais estão ótimas em seus papéis de
perseguidora e perseguida. A atriz sueca Noomi Rapace ficou conhecida depois de
ter protagonizado a trilogia Millenium (“Os Homens que não Amavam as Mulheres”,
“A Menina que Brincava com Fogo” e “A Rainha do Castelo de Ar”) e hoje é
requisitada até por Hollywood. A australiana Yvonne Strahovski atuou em filmes
como “Por Trás dos seus Olhos”, “Ele está lá Fora” e “O Predador” (todos também
de suspense) e se tornou mais conhecida ao protagonizar as séries “Chuck”, como
Sarah Walker, e “Dexter”, como Hanna McKay. Impressionante como Yvonne se parece
com a nossa Luana Piovani, tão mulherão e bonita quanto. Mais conhecida como diretora de documentários e
curtas, a australiana Kim Ferrant acerta a mão neste que é o seu segundo longa-metragem
– o primeiro foi “Terra Estranha”, com Nicole Kidman. “Angel of Mine” estreou dia
14 de agosto de 2019 durante a programação oficial do Melbourne International
Film Festival. Uma boa opção para quem gosta do gênero suspense.
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