“A ESPIÃ VERMELHA” (“RED JOAN”), 2018,
Inglaterra, 1h41m, direção de Trevor Nunn. O roteiro, escrito por Lindsay Shapero,
foi adaptado do livro “Red Joan”, de Jannie Rooney. Baseada em fatos reais, a
história acompanha a trajetória da cientista inglesa Melita Stedman Norwood (1912-2005),
que, desde meados da década de 30 e nos 50 anos seguintes, foi espiã a serviço do
Comitê de Segurança Russo (KGB). No filme, o nome de Melita foi substituído por
Joan Stanley (interpretada na velhice pela atriz Judi Dench e quando moça por
Sophie Cookson). Estudante brilhante da Universidade de Cambridge, Melita/Joan se apaixonou por Leo Galich (Tom Hughes), jovem militante do Partido
Comunista. Ao mesmo tempo, ela foi chamada para trabalhar com cientistas que
desenvolviam um projeto secreto para construir uma bomba atômica destinada a
uma eventual utilização contra a Alemanha de Hitler. Pressionada por Leo e
entendendo que se Stalin também tivesse uma bomba igual ninguém seria capaz de
utilizá-la – equivalência de forças -, Melita/Joan concordou em fornecer
informações importantes à KGB. Em 1999, quando a cientista tinha 87 anos e já
aposentada, sua história veio à tona e ela foi presa pelo Serviço de
Inteligência Britânico (MI5). O filme alterna o interrogatório de Joan com flashbacks
da época em que se tornou espiã. Além da história bastante interessante, o
filme tem como destaques a recriação de época, especificamente os figurinos e
cenários, e o excelente trabalho de Sophie Cookson e da veterana Judi Dench. O filme estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto/2018. Um
ótimo programa!
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