Se você tem claustrofobia, nem
que seja na base do 1%, não assista de jeito nenhum o filme “CUTTERHEAD”,
2018, Dinamarca, primeiro longa-metragem escrito e dirigido por Rasmus Kloster
Bro, jovem cineasta de apenas 33 anos mais conhecido como diretor de curtas e documentários. 84 minutos angustiantes, tanto para o
espectador como para os personagens da história. Para se ter uma ideia, não se
vê a luz do sol em nenhum momento. Durante a construção de uma nova linha do
metrô da capital Copenhagen, a jovem Rie (Christine Sønderris), relações-públicas
da empresa encarregada das escavações, percorre o canteiro de obras entrevistando
e fotografando os trabalhadores, a grande maioria proveniente de outros países.
Seu objetivo é mostrar posteriormente como vivem e trabalham os operários no
interior daqueles infindáveis túneis. Quando Rie entrevistava o croata Ivo (Krsimir
Mikic) e seu assistente Bharan (Samson Semere), imigrante nascido na Eritreia (África),
um incêndio tomou conta das instalações, obrigando os três a se abrigarem num
pequeno cubículo de aço. E aqui ficarão praticamente o filme inteiro, sem água,
comida e, pior, sem ar. Pelo que a história dá a entender, todos os que estavam
lá fora morreram em meio às chamas, inclusive os bombeiros que vieram resgatá-los.
Quando estreou na Dinamarca e outros países da Europa, “Cutterhead” (não
entendi o título em inglês, que traduzido literalmente é algo como “Cortador de
Cabeça”), logo foi considerado por críticos e público como o filme mais
claustrofóbico já feito. Realmente, é claustrofóbico, sufocante e
angustiante, mas muito bom. Repito: quem tem medo de lugar fechado deve evitar.
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