quinta-feira, 15 de agosto de 2019


“MUDO” (“Mute”), 2018, co-produção Inglaterra/Alemanha, estreou na Netflix no dia 23 de fevereiro de 2018, duração de 2h6m, direção de Duncan Jones, que também assina o roteiro com a colaboração de Michael Robert. Numa Berlim futurista (o ano é 2056), o bartender Leo Beiler (o ator sueco Alexander Skarsgard, filho do também ator Stellan Skarsgard, apaixona-se por Naadirah (a atriz alemã Seyneb Saleh), garçonete do mesmo night-clube, por sinal bastante luxuoso. Leo é o mudo do título. Quando criança, sofreu um acidente e machucou o pescoço. Seus pais, seguidores do grupo religioso Amish, não permitiram a operação que deveria ter sido feita e Leo ficou sem falar. Ou seja, o ator entra mudo e sai calado, a não ser bem no final, que não revelo para não estragar a surpresa. No auge da paixão do casal, Naadirah some misteriosamente e Leo fica desesperado, procurando a namorada pelos antros do submundo de Berlim. Os cenários futuristas da capital alemã lembram muito “Blade Runner – O Caçador de Androides” e “Os 12 Macados”, além de outros filmes menos cotados. A ambientação é noir, os carros trafegam via aérea – não estacionam, pousam -, muita luz neon, figuras exóticas e andrógenas – homossexuais a dar com pau (ops!) -, além da mais avançada tecnologia visual. Entre os principais suspeitos de terem algo com o desaparecimento de Naadirah estão Cactus Bill (Paul Rudd, de "O Homem Formiga"), um médico que desertou da base norte-americana, seu amigo pervertido sexual Duck (Justin Theroux, ex-marido de Jennifer Aniston), Maksim (Gubert Owuer), empresário ligado à prostituição e o travesti Luba (Robert Sheelan). Leo vai atrás de cada um tentando descobrir o paradeiro da namorada e quem é o culpado de tudo. Aí a violência rola solta. Embora muitos críticos tenham detestado o filme, eu o achei bastante interessante e assistível. O cineasta Duncan Jones, filho do astro David Bowie, já tinha realizado três bons filmes de ficção: “Lunar” (2009), “Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos” (2016) e “Contra o Tempo”, este último o melhor deles. "Mudo" fica no meio termo, entre o razoável e o bom. 

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