“ACUSADA”, 2018,
Argentina, 1h54m, segundo longa-metragem dirigido por Gonzalo Tobal (o primeiro
foi “Villegas", de 2012), que também assina o roteiro com a colaboração de
Ulises Porra Guardiola. A trama é toda centrada na jovem Dolores Dreier (Lali
Espósito), acusada de ter assassinado a melhor amiga, Camila, durante uma festa de arromba. Há dois anos que
ela sofre com a perseguição da imprensa e depoimentos à polícia. Nesse período,
ela deixou de ir à escola e vive enclausurada dentro de casa, superprotegida
pelos pais Luis (Leonardo Sbaraglia) e Betina (Inés Estévez). Chegou a hora de
ir a julgamento, quando Dolores recebe as orientações do seu advogado Ignácio
(Daniel Fanego). Em todos esses momentos, não fica clara a culpa de Dolores,
embora existam algumas evidências que a incriminem. Como, por exemplo, o fato de
Camila ter divulgado pela Internet um vídeo onde Dolores está transando com o namorado.
Testemunhas ouviram Dolores afirmar que um dia mataria Camila por isso. Durante
todo o filme, Dolores permanece num silêncio misterioso, em certos momentos com
aparência de culpa e outros tantos como se fosse vítima de uma armação. Será
mesmo culpada? Ou foi seu namorado? Ou o próprio pai para vingar-se? Caberá ao
espectador responder. Para isso, terá que prestar muita atenção nos detalhes. A
primeira exibição do filme aconteceu no dia 4 de setembro de 2018 durante o 75º
Festival Internacional de Cinema de Veneza, recebendo elogios dos críticos e do
público. Lali Espósito também foi muita elogiada por seu desempenho. Lali – o nome
verdadeiro é Mariana Espósito – é uma celebridade artística na Argentina. Aos
27 anos, além de atriz, é uma cantora de muito sucesso por lá, tipo uma Anita
portenha. “Acusada” tem algumas cenas de julgamento, mas não chega a ser um
filme considerado “de tribunal”. Enfim, mais um bom filme argentino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário